Déficit em conta-corrente no semestre foi recorde

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, afirmou nesta terça-feira que o déficit em transações correntes de junho, de US$ 3,953 bilhões, ficou menor do que a previsão da instituição apresentada há um mês, de US$ 5,4 bilhões. “Portanto, o resultado negativo ficou menor”, resumiu.

No acumulado do ano, o déficit está em US$ 43,478 bilhões. O saldo, de acordo com Maciel, é o maior para um primeiro semestre. Em 12 meses, o resultado negativo recuou para US$ 72,465 bilhões em junho, já que estava em US$ 72,9 bilhões até maio. “Após seis meses de alta, esta métrica recuou e a nossa expectativa é de que, contudo, isso venha a crescer novamente e atinja US$ 75 bilhões até o final do ano”, considerou.

O chefe do departamento salientou que, na margem, o resultado do mês passado veio abaixo do que havia projetado e que isso é explicado, fundamentalmente, pelo desempenho positivo da balança. Ele salientou que, no acumulado do primeiro semestre há um aumento do déficit em transações correntes de cerca de US$ 18 bilhões em relação ao primeiro semestre do ano passado.

“Se for verificar a origem desse aumento, a balança responde por US$ 10 bilhões e, lucros e dividendos, por US$ 4 bilhões de aumento. Apenas esses dois itens explicam 80% da diferença”, pontuou. Maciel comentou que a rubrica viagens internacionais, isoladamente, também tiveram incremento deficitário de US$ 1,6 bilhão e contribuiu para o déficit em conta corrente do período.