Estimativa

Décimo terceiro injetará R$ 4,48 bilhões no Paraná

Cerca de R$ 4,48 bilhões serão injetados na economia paranaense, até o final do ano, devido aos pagamentos do 13.º salário. O benefício deverá ser pago (a primeira parcela até o dia 30 deste mês) para aproximadamente 4,26 milhões de empregados formais, pensionistas ou aposentados e será, em média, de pouco mais de R$ 1 mil. A estimativa foi divulgada ontem, em Curitiba, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

De acordo com o estudo, o número de beneficiários aumentou 3,15% em relação ao ano passado, no Paraná. O montante total (4,86%) e o valor médio (1,52%) também aumentaram na comparação com 2008.

“Houve aumento na geração de emprego, apesar da crise”, explica o economista Sandro Silva, do Dieese. Ele lembra, ainda, que há uma tendência natural de aumento no número de aposentados e que a quantidade de empregados domésticos também cresceu.

A maior fatia (74,3%) do 13.º, no Paraná, ficará com os 2,7 milhões de trabalhadores com carteira assinada do Estado, que receberão um total de R$ 3,3 bilhões.

Beneficiários da Previdência receberão 21%, ou R$ 941,4 milhões, e aposentados e pensionistas do regime estadual responderão por 4,7%, ou R$ 210,2 milhões. Patrões também deverão pagar, até o fim do ano, R$ 80,9 milhões (1,8%) a 137 mil empregados domésticos formais.

Os dados nacionais mostram um aumento de 8,7% em relação ao total pago no ano passado. Enquanto em 2008 o 13º injetou R$ 78 bilhões na economia nacional, este ano o valor deve chegar a R$ 85 bilhões, pagos a quase 70 milhões de brasileiros 2,4% a mais que no ano passado.

O valor médio do benefício, no País, deve chegar a R$ 1.150,47, conforme a estimativa do Dieese. Mais de 60% dos beneficiários são do mercado formal, que pagará 69,1% do valor total do 13.º.

Para Silva, a diferenças entre os aumentos nacional e paranaense no total de benefícios pagos, em relação a 2008, devem ser analisadas com cuidado, já que os números são estimados e levam em conta apenas os dados econômicos entre janeiro e setembro.

Mas ele frisa que, no Paraná, a safra menor que no ano passado interferiu bastante nos números do período, influenciando a estimativa deste ano. Na média do valor, a influência veio também dos impactos maiores da crise sobre setores que pagam salários mais altos, como a indústria.