Custo da construção civil sobe 2,03% em novembro

O Custo Unitário Básico (CUB) da construção civil calculado pelo Sinduscon-PR (Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná) foi reajustado em 2,03% no mês de novembro. A alta do CUB-PR reflete o aumento médio de 4,46% nos preços dos materiais da construção civil, o maior reajuste verificado nos últimos quatro anos. O custo da mão-de-obra permaneceu inalterado. O índice de inflação, medido pelo IGP-M da Fundação Getúlio Vargas, ficou em 5,19% no mesmo período.

Os materiais – que hoje representam 47% na composição do custo da construção – tiveram reajustes significativos nos últimos meses, explica o presidente do Sinduscon-PR, Ramon Andres Doria. A alta do dólar, segundo analisa o empresário, sinalizou para a disparada nos preços do aço, cimento e produtos que utilizam insumos importados – como o fio de cobre, materiais de eletricidade, produtos de PVC, alumínio, vidro e tintas. “Não há espaço para o setor absorver tantos aumentos”, diz Doria.

De acordo com o presidente do Sinduscon-PR, “a escalada dos preços dos insumos já ameaça o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de serviços no setor da construção”. E prevê a necessidade de renegociação de contratos no setor. Orçamentos feitos há quatro ou cinco meses, exemplifica Doria, já estão inviabilizados com as recentes altas de preços de materiais.

Segundo a pesquisa do Sinduscon-PR, o vidro 4 mm subiu 6,51% no mês de novembro e acumula o maior reajuste no ano: 44%. O cimento subiu 6,20% e o aço para concreto 6,67% no mês de novembro. Também tiveram reajustes significativos o azulejo 15 x 15 cm (13,57%), o fio de cobre (9,52%), compensado (8,70%), produtos de alumínio (8,37%), entre outros. No ano, o cimento acumula reajuste de 21,14% e o aço CA-50 atinge 18,52%.

No período de janeiro a novembro, o CUB-PR registra aumento acumulado de 10,27%, índice abaixo do IGP-M, de 20,78% em igual período. Nos últimos doze meses, o CUB-PR atinge 10,52%, percentual também inferior à inflação (IGP-M) que ficou em 21,05%. Nos oito anos de vigência do Plano Real (julho/1994 a novembro/2002), o CUB aumentou 134,55% e o IGP-M 183,11%.

Com reajuste, o custo médio representativo da construção habitacional (padrão H8-2N, para imóveis em prédio de oito pavimentos, dois quartos e padrão normal de acabamento), computados apenas materiais e mão-de-obra, passou para R$ 622,34 o metro quadrado em novembro.

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