Curitiba iniciou o ano com a quarta maior inflação do País. É o que apontam os dados divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto na média nacional a inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foi de 0,59% em janeiro, na Grande Curitiba o índice chegou a 0,78%. Entre os itens que mais pesaram no bolso do curitibano, destaque para o álcool combustível, que subiu 13,33% na comparação com dezembro – acima da média das regiões pesquisadas, que foi de 9,87%.
De acordo com o economista Sandro Silva, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, regional Paraná (Dieese-PR), outro grupo de produtos que pesou no bolso do consumidor curitibano, em janeiro, foi o de saúde e cuidados pessoais – enquanto na média nacional o aumento foi de 0,72%, em Curitiba chegou a 1,06%. A principal influência veio da alta nos planos de saúde (2,27%), seguida pelo aumento nos produtos farmacêuticos (1,68%).
Entre as regiões pesquisadas, os maiores índices ocorreram na região metropolitana de Belo Horizonte (1,48%) e no município de Brasília (1,41%) devido aos reajustes das tarifas dos ônibus urbanos, e o menor foi registrado na região metropolitana de Recife (0,02%). O IPCA é o índice que baliza as metas de inflação definidas pelo Banco Central. Para 2006, o BC persegue uma meta de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
INPC
Já em relação ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação entre famílias que ganham até oito salários mínimos, a Grande Curitiba registrou crescimento de 0,25%, abaixo do INPC nacional de 0,38%.
Entre os grupos que pesaram menos no bolso do consumidor curitibano, destaque para os alimentos – que subiram 0,07% em nível nacional e caíram 0,03% em Curitiba – e para o grupo transportes, que registrou alta de 1,31% no País, enquanto em Curitiba o aumento foi de apenas 0,04%.
Outro item que pesou menos foi o veículo próprio, que subiu 0,26% na média das regiões pesquisadas, mas em Curitiba houve queda de 0,54%.
Os maiores índices regionais do INPC foram registrados em Brasília (1,86%) e Belo Horizonte (1,72%). Os menores ficaram com Recife (-0,12%), Porto Alegre (-0,08%) e São Paulo (-0,07%). (Lyrian Saiki)