Rio – A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) está avaliando novas oportunidades de captação este ano, aproveitando a avaliação positiva que a economia brasileira vem recebendo no exterior. Ontem a empresa confirmou ter realizado nesta semana captação externa de US$ 50 milhões em papéis com vencimento em dois anos e rendimento de 10% ao ano para o investidor. A operação foi liderada pelo JP Morgan Chase e confirmou o interesse da companhia em realizar novas captações no mercado internacional.
A emissão de papéis foi a segunda realizada este ano pela siderúrgica. A primeira, em 27 de fevereiro, era uma operação de US$ 85 milhões em eurobônus, com prazo de um ano. O diretor-financeiro da CSN, Otávio de Garcia Lazcano, classificou como bem-sucedida a segunda captação externa, realizada em dois dias. “A operação refletiu a excelente avaliação de crédito da CSN no mercado internacional. Tínhamos demanda superior a isso, para captar US$ 100 milhões a uma taxa maior de 10%, mas preferimos a de US$ 50 milhões e manter a taxa a 10%” disse, observando que a taxa está próxima a de um título do governo federal. O prazo longo do papel, de dois anos, foi ressaltado por Lazcano como fator positivo na operação. “Praticamente só a Petrobras coloca papéis de dois anos no mercado”, disse, considerando que isso só reflete a boa receptividade dos papéis da CSN no exterior. Ele confirmou as informações já divulgadas por agências internacionais de que os papéis saíram a 99,558 do valor de face.