CSFB aumenta recomendação para títulos

O CSFB elevou a recomendação para títulos brasileiros em razão do desempenho da economia além das expectativas. Entre os principais destaques, o CSFB ressalta o aumento da popularidade do governo Lula e a perspectiva de resultados favoráveis ao PT nas eleições municipais.

O banco recomenda o aumento da participação em Global 40. Com a queda do risco-Brasil, os papéis operam em alta de 1,06%, a US$ 1,04. Na última semana, o risco-Brasil recuou para os menores níveis desde abril.

Apesar da melhora do indicador, o banco descarta uma mudança no rating (avaliação de risco) do país nas próximas semanas. Para o CSFB, a melhora no rating pode acontecer somente no fim do ano ou no início de 2005. O recente aumento no rating da Turquia pela S&P deve fazer com que os investidores se foquem no potencial upgrade do Brasil por alguma agência.

Segundo o CSFB, a aprovação da contribuição dos inativos no Supremo Tribunal Federal (STF) não apenas acabou com o risco de que os ganhos fiscais conquistados na reforma da Previdência fossem descartados como reforçou as expectativas positivas quanto à implementação de reformas estruturais no País. Além disso, o fortalecimento da economia e a consolidação de uma política fiscal austera podem produzir a primeira queda da relação entre dívida pública e PIB dos últimos dez anos.

O CSFB ressalta o aumento nas projeções de crescimento do PIB e do saldo da balança comercial. Segundo a instituição, pela primeira vez em mais de duas décadas, o Brasil será capaz de aumentar o saldo da balança comercial com maior crescimento econômico e aumento nas importações. A combinação desses aspectos deve reduzir as vulnerabilidades externas da economia brasileira.

Neste mês, o CSFB recomendou aos clientes que zerassem a posição dos C-Bonds (principal papel do País). Entre as justificativas, a instituição citou o escândalo envolvendo o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Em relatório, o banco mencionou o “ambiente de maior ruído político”. Nesta semana, o presidente do Banco Central ganhou status de ministro. A partir de agora, as ações judiciais contra o presidente do BC terão de ser impetradas no STF (Supremo Tribunal Federal).

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