Crise ainda não se reflete sobre exportação agrícola

Números divulgados nesta terça-feira (9) pelo Ministério da Agricultura mostram que a crise financeira internacional não se refletiu nas exportações de produtos agrícolas. Em novembro, os embarques do agronegócio renderam US$ 5,1 bilhões, aumento de 3,3% em relação ao mesmo mês de 2007. O superávit da balança comercial foi de US$ 4,17 bilhões em novembro, contra US$ 4,13 bilhões em igual período de 2007.

A receita cambial obtida com os embarques do complexo soja – grão, farelo e óleo – cresceu 26,3% no mês para US$ 798,207 milhões. Os embarques do setor sucroalcooleiro cresceram 59% no período e as vendas de café, 21%. Os produtos apícolas tiveram destaque dentro dos produtos de origem animal: as vendas para o mercado externo totalizaram US$ 4 milhões, que significam 151,7% acima do valor exportado em novembro 2007.

O ministério mostra, no entanto, queda nos embarques dos demais produtos de origem animal. A receita cambial obtida com as vendas de carnes caiu 14,8%. As exportações de couros, produtos de couro e peleteria caíram 27,5%. Os embarques de animais vivos renderam 8,6% a menos e de lácteos, 54,7%.

Recorde

Os embarques de produtos agrícolas no período acumulado de 12 meses encerrado em novembro atingiram a marca histórica de US$ 71,67 bilhões. O valor é 23,7% superior ao valor exportado entre dezembro de 2006 e novembro de 2007. Os números foram divulgados hoje pelo Ministério da Agricultura.

As importações foram 38,3% superiores aos 12 meses anteriores com gastos de US$ 11,79 bilhões. Como resultado, o superávit comercial acumulado de novembro de 2007 a novembro de 2008 foi de US$ 59,88 bilhões. Em nota, o ministério informou que o complexo soja foi o líder das exportações do agronegócio, com US$ 17,86 bilhões e incremento de 58,3% nos últimos 12 meses, em relação a igual período anterior. Ainda considerando a comparação de períodos, outros itens que merecem destaque são: lácteos (99,9%), carnes (34%), produtos florestais (8,9%), café (20,4%), fumo e seus produtos (24,2%) e cereais, farinhas e preparações (4,8%).