Cortes só serão revistos com recursos da CPMF

Os cortes de R$ 5,3 bilhões no Orçamento da União deste ano só serão revistos à medida que forem entrando no Tesouro os recursos da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Segundo o vice-líder do governo no Senado, Romero Jucá (PSDB-RR), nem a proximidade das eleições nem a iminente aprovação da emenda constitucional que prorroga a CPMF – que deve passar amanhã (04) pelo primeiro turno de votação no plenário do Senado – levarão o governo a rever os cortes de imediato.

?O governo não vai fazer farra eleitoral?, disse. A contribuição dá uma arrecadação semanal de R$ 420 milhões – R$ 1 68 bilhão ao mês.

Como a maioria dos partidos é favorável à prorrogação da contribuição, a grande preocupação dos líderes governistas hoje era com uma proposta do PT que pretende suprimir do texto a isenção da CPMF para as operações nas bolsas de valores.

É que, para manter esse privilégio para as bolsas, o Planalto precisa da maioria dos votos dos senadores – 49 do total de 81. ?Vai ser duro pôr 49 votos a favor da manutenção da isenção das bolsas?, reconheceu o vice-líder do governo no Senado. Por isso, os líderes partidários estão empenhados em garantir a presença de pelo menos 70 senadores, o que facilita a manutenção da isenção das bolsas.

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