Corte de R$ 2 bi afeta meta de assentamentos, diz Rossetto

Brasília – O ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, disse ontem, em depoimento na Comissão de Agricultura do Senado, que o corte de R$ 2 bilhões no orçamento do setor pode prejudicar a meta de assentar, este ano, 115 mil famílias. Segundo Rossetto, nos primeiros dois anos do governo Lula, só foi possível assentar 117.500 famílias, 81% da meta de 145 mil que havia sido fixada para o período. O ministro disse, ainda, que o corte orçamentário reduziu em 25% a disponibilidade de recursos para o ministério desenvolver seus programas este ano. Ele acredita, no entanto, que ainda possa recuperar parte dos recursos para evitar maiores danos à reforma agrária. A revelação preocupou parlamentares, diante da proximidade do ?abril vermelho?, anunciado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), com ocupações e outras ações em todo o País. Um deles foi o senador Heráclito Fortes (PFL-PI). Rossetto descreveu as ações do governo para solucionar conflitos agrários na região amazônica, sobretudo na área de influência da rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém). Entre as medidas está previsto o georreferenciamento (levantamento da situação fundiária via satélite) que, segundo o ministro, vai promover ?a maior regularização fundiária da história do País? com emprego de equipamentos sofisticados do Serviço de Vigilância da Amazônia (Sivam) e Serviço de Proteção da Amazônia (Sipam).

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