Consumo de energia elétrica cai em ritmo menor em SP

O consumo de energia elétrica no Estado de São Paulo caiu 1,4% em junho deste ano ante igual mês de 2008, somando 9.532 gigawatts-hora (GWh), segundo a Secretaria Estadual de Saneamento e Energia. Para o governo paulista, esse número sinaliza uma ligeira recuperação no mercado, uma vez que, na comparação entres os meses de maio, de 2009 para 2008, a queda apurada foi de 2,8%. A demanda industrial, que representa 43,4% do consumo no Estado, recuou 7,7% em junho deste ano em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse desempenho é um pouco melhor do que a diminuição de 9,7% verificada em maio deste ano ante o mesmo intervalo de 2008.

No segmento residencial, o consumo de energia elétrica cresceu 3,9% em maio deste ano ante igual mês de 2008, para 2.659 GWh. Na classe comercial, a expansão no período foi de 4,5%, para 1.678 GWh. Já a demanda total de gás natural somou 378,530 milhões de metros cúbicos (m³) no mês passado, ou 12,61 milhões de m³/dia, queda de 25,7%. Esse número também sinaliza uma recuperação, já que a queda no mercado de gás em maio deste ano ante igual mês de 2008 foi de 29,8%, para 366,912 milhões de m³.

O consumo industrial de gás caiu 22,6% entre junho de 2008 e de 2009, para 303,594 milhões de m³ (10,11 milhões de m³/d). A retração no consumo industrial ainda está relacionada à queda na atividade econômica, na esteira da crise internacional, e a migração de algumas empresas para o óleo combustível, cujo preço está mais atrativo. Porém, a demanda de gás natural para a cogeração (amplamente usado no segmento industrial) apresentou um aumento de 3,1% no período, para 27,927 milhões de m³ (930 mil m³/d).

O consumo de gás natural veicular (GNV) caiu 45,8% no período, para 25,471 de m³ (849 mil m³/d). Essa queda está fortemente relacionada à perda de mercado para o álcool combustível, que no mês passado chegou a ser negociado abaixo de R$ 1,00 por litro na cidade de São Paulo, por exemplo. A Secretaria de Saneamento e Energia do Estado também verificou retração recuperação nos segmentos residencial e comercial. Na primeira classe consumidora, a diminuição na demanda foi 2,7%, para 12,104 milhões de m³ (403 mil m³/d). Já as vendas do insumo para o comércio recuaram 12,8%, para 7,889 milhões de m³ (262 mil m³/d).

Já o consumo pelas usinas térmicas caiu 92,9% no período, para 1,545 milhão de m³ (51 mil m³/d). A retração nessa classe ocorreu por conta do maior uso das hidrelétricas para o abastecimento de energia elétrica, em razão das chuvas que encheram os reservatórios das usinas.

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