Confiança do consumidor cresce menos em junho

O arrefecimento do otimismo do consumidor com o futuro levou à taxa menor do Índice de Confiança do Consumidor (ICC) em junho, que subiu 0,6% no mês, ante alta de 2,6% em maio. Nesta terça-feira (26), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) anunciou o resultado do índice, feito com base na pesquisa "Sondagem das Expectativas do Consumidor.

Segundo o coordenador de sondagens conjunturais do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), Aloisio Campelo, o consumidor continua confiante com os rumos da economia do País, mas não houve novas notícias nesse campo que pudessem elevar ainda mais a confiança do brasileiro. "Não estamos em um movimento de euforia, nem de otimismo extremo, nem de satisfação extrema. É um momento de confiança moderada (do consumidor)", disse.

Para Campelo, é preciso que ocorram novas notícias para que a confiança do consumidor se eleve em patamares maiores do que os apurados até junho. Isso porque, mesmo com o consenso existente, entre os consumidores, de que a economia está no rumo certo, esse cenário ainda não impactou diretamente o consumidor.

Conforme o economista, ao mesmo tempo em que o consumidor percebe a melhora no cenário econômico, ele não detecta reflexos dessa melhora em sua própria vida. É por isso que a avaliação dos entrevistados sobre a situação financeira familiar não apresenta melhora significativa. De maio para junho, caiu de 16 4% para 15,9% a parcela dos entrevistados para a elaboração do índice que classificam como boa a sua atual situação financeira familiar.

"O consumidor precisa de mais motivos para elevar seu nível de confiança", disse o economista, acrescentando que, um bom motivo para isso ocorrer, seria uma melhora significativa e efetiva na vida do consumidor.

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