Confiança da indústria cai 0,6% em junho, aponta FGV

O Índice de Confiança da Indústria (ICI), indicador-síntese da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, caiu 0,6% em junho sobre maio, ante queda de 1,8% em maio em relação a abril, segundo informou esta manhã a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Essa é a nona edição do indicador, calculado com base em seis quesitos da sondagem.

O ICI é um indicador que utiliza para cálculo uma escala que vai de 0 a 200 pontos, sendo que o resultado do índice é de queda ou de elevação dependendo se a pontuação das respostas fica abaixo ou acima de 100 pontos, respectivamente. De maio para junho, o indicador caiu de 118,2 para 117,5 pontos.

Entretanto, em comunicado, a fundação esclarece que, apesar da diminuição da confiança em relação ao mês anterior, "o índice manteve-se em patamar elevado, sendo o sexto maior da série histórica iniciada em abril de 1995". Ainda de acordo com a instituição, na comparação com junho do ano passado, o ICI teve alta de 13,2% em junho deste ano. Esse resultado é inferior ao apurado em maio de 2007, quando o índice teve aumento de 15,9% ante maio do ano passado.

O ICI é composto por dois indicadores: o Índice da Situação Atual, que caiu 0,2% em junho ante maio; e o Índice de Expectativas, que apresentou taxa negativa de 0,8% em junho em relação ao mês anterior. Em 12 meses, estes dois índices avançaram, respectivamente, 22,1% e 5,1%, segundo a FGV.

Ao detalhar o resultado de junho, a FGV esclarece que, dos quesitos relacionados ao presente, o maior avanço nos últimos 12 meses ocorreu na avaliação a respeito do nível de demanda. "Entre junho de 2006 e junho de 2007, a parcela de empresas que avaliam o nível atual de demanda como forte aumentou de 11% para 27%; a proporção das que o avaliam como fraco reduziu-se de 22% para 8%", detalhou a instituição, em comunicado.

No âmbito do Índice de Expectativas, o destaque ficou por conta das previsões relativas à contratação de pessoal pela indústria nos próximos três meses: das empresas consultadas, 25% prevêem aumento do contingente de mão-de-obra e 9% estimam redução. Em junho de 2006, as proporções para essas mesmas perguntas eram, respectivamente, de 23% e 16%.

A Sondagem da Indústria Nacional de Transformação consultou 1.093 empresas entre os dias 1 a 27 de junho.

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