Comércio representa 20% do mercado formal no Paraná

Os empregados no comércio do Paraná representam 20% da mão-de-obra com carteira do Estado, segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados ontem pelo Dieese e Sindicato dos Empregados no Comércio de Curitiba e Região Metropolitana (Sindicom). Em maio, o setor empregava 297.036 pessoas, sendo 248.609 no varejo e 48.427 no atacado. Apesar de totalizar um quinto dos empregos formais do Estado, o comércio é responsável por apenas 6,7% do PIB paranaense.

Embora os números sejam significativos, o nível de emprego tem se mantido estável no setor. Em maio, houve ampliação de 0,56%. No acumulado de janeiro a maio, a variação é positiva em 1,90%, passando para 5,18% em doze meses. “O comércio tem uma sazonalidade característica no nível de emprego, com três grandes momentos no ano: Natal, Dia das Mães e Dia das Crianças”, salienta o economista Cid Cordeiro, do Dieese. A maior parte dos empregos no comércio está concentrada no interior. “No campo, está havendo aumento de renda”, diz.

Vendas

Dados do IBGE apontam queda de 3,57% no volume de vendas do comércio paranaense em maio, comparado ao mesmo mês de 2001. “Isso significa que o comércio sentiu todos os problemas da economia e o Dia das Mães de 2002 foi pior que o do ano passado”, diz Cordeiro. A retração atingiu todos os setores, com exceção de combustíveis e lubrificantes, que teve alta de 4,58%. A maior redução ocorreu em tecidos, vestuários e calçados (-18,25%), seguida de veículos, motos e peças (-14,09%).

“Os lojistas estão com medo de fazer grandes compras e isso se reflete no salário do trabalhador, que está bastante afetado”, analisa o presidente do Sindicom, Ariosvaldo Rocha. De maio de 2001 para maio de 2002, o rendimento do trabalhador foi reduzido em 5%. (OP)

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