Comércio é que mais sofre autos de infração da Receita

Levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostra que o comércio é o setor mais fiscalizado pela Receita Federal por conta do descumprimento da legislação tributária. Em quantidade de autos de infração, o setor do comércio recebeu 34,95% do total (16.723 autos), o da indústria, 25,88% (12.385 autos), e o da prestação de serviços, 17,38% do total (8.317 autos).

O estudo foi feito a partir da análise dos resultados das fiscalizações da Secretaria da Receita Federal e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e de 4.221 autos de infrações lavrados contra empresas, como também da análise das novas tecnologias de obtenção e cruzamento de informações. Na primeira fase, o índice foca somente o contexto do fisco federal, para numa etapa seguinte englobar também os dados dos fiscos estaduais.

De acordo com o IBPT:

– No período de 2001 a 2005 foram emitidos 47.854 autos de infração contra pessoas jurídicas pela Secretaria da Receita Federal. Foi apurado um total de crédito tributário de R$ 203.826.659.103,00, com uma média por auto de infração de R$ 4.259.344,24.

– Já no tocante a valores totais de autos de infração emitidos, a indústria recebeu o maior índice (31,90% ou R$ 65,02 bilhões), seguida da prestação de serviços (17,50% ou R$ 35,68 bilhões), do comércio (17,09% ou R$ 34,83 bilhões) e serviços financeiros (16,95% ou R$ 34,55 bilhões).

– Na média individual dos valores dos autos de infração, o setor de serviços de telecomunicações, energia e água foi o mais autuado (R$ 26,53 milhões por procedimento), seguido dos serviços financeiros (R$ 18,07 milhões por procedimento de fiscalização), vindo a seguir a indústria (R$ 5,25 milhões por procedimento de fiscalização).

– O INSS, apesar de fiscalizar um maior número de empresas, tem menores valores de autos de infração, ficando na média de R$ 471 mil por procedimento.

Para o presidente do IBPT, advogado tributarista Gilberto Luiz do Amaral, é importante que as empresas saibam das suas vulnerabilidades fiscais. ?Elas também precisam ter consciência de que os atuais e futuros métodos de fiscalização possibilitam um controle bem mais apurado por parte dos fiscos?, argumenta.

O IBPT também elaborou um teste para a empresa verificar o seu índice de vulnerabilidade fiscal, que após ser preenchido, indica as chances dela ser fiscalizada pelo fisco federal.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo