Comer fora de casa pode custar um terço do ganho

Almoçar e jantar em restaurantes pode representar um significativo gasto no orçamento familiar, ainda mais quando existe a necessidade de “comer na rua”. Há opções para todos os gostos e bolsos pela cidade. Mas, para não estourar o orçamento, cada pessoa deve verificar o que vale mais a pena: refeições em estabelecimentos ou preparar a comida em casa.

Para as famílias que ganham até quatro salários mínimos, os gastos em restaurantes e lanchonetes podem representar 33% do total dispendido com alimentação, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Paraná (Diesse/PR).

Para as famílias com orçamento até seis salários mínimos, o impacto chega a 22,6% do valor total gasto com alimentação. “As pessoas que ganham menos tendem a gastar menos com refeições fora de casa. Como o impacto é significativo, procuram alternativas para economizar”, explica Sandro Silva, economista do Dieese/PR.

Até 2006, os preços dos alimentos comprados em supermercados subiam menos do que a inflação e o contrário acontecia com os custos das refeições em restaurantes. Em 2007, o cenário começou a mudar.

O preço dos alimentos aumentou 7,99%. Para a compra dos produtos para refeições em domicílio, houve um crescimento de 8,74%. Os preços das refeições fora de casa aumentaram 5,59%. No ano passado, a alimentação em geral ficou 13,65% mais cara.

Comer em casa teve um aumento de 14,55% nos custos, enquanto nos restaurantes o crescimento foi de 10,69%. “Normalmente, a alimentação no domicílio sai mais barato, dependendo do número de pessoas”, afirma Silva.

Levar comida de casa para o trabalho pode ser uma opção para economizar. Outra seria procurar estabelecimentos com preços mais baixos. Os restaurantes com buffet por quilo nem sempre oferecem valores mais em conta.

Para quem está no centro de Curitiba, uma opção é o Restaurante Popular, localizado na Praça Rui Barbosa. O preço da refeição custa R$ 1 para o consumidor. A alimentação tem o subsídio da prefeitura de Curitiba, que complementa o custo pagando R$ 1,81 por cada prato.

O Restaurante Popular tem capacidade para 2 mil refeições por dia e oferece um variado cadápio, elaborado por nutricionistas. “Quem não está no centro, pode até tentar ir para economizar, mas vai ter que pagar a tarifa do ônibus. São R$ 4,40 de transporte, ida e volta, mais R$ 1 da refeição. Talvez seja mais fácil procurar um restaurante perto de onde está do que se deslocar”, lembra Silva.

Mais dois restaurantes no mesmo modelo estão sendo construídos, com auxílio do governo federal. Um será na divisa do Cidade Industrial de Curitiba com o bairro Fazendinha; o outro, no Sítio Cercado. Os dois espaços devem entrar em funcionamento no final do primeiro semestre deste ano. Cada um deles terá capacidade para mil refeições por dia.

Além de Curitiba, restaurantes populares estão instalados em Colombo e Toledo, na região oeste do Estado. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, serão implantados restaurantes em Maringá, Paranaguá e Ponta Grossa. Se você tiver críticas ou sugestões escreva para economia@oestadodoparana.com.br.

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