Começa troca de moedas de R$ 1

Os bancos começaram a trocar na semana passada as moedas de R$ 1,00 prateadas, cunhadas em aço inoxidável, pelas moedas de R$ 1,00 bimetálicas (bordas douradas) ou cédulas. A decisão do Banco Central (BC) de retirar as moedas prateadas de circulação se deve à grande quantidade de falsificações. A troca nos bancos e ainda os depósitos em contas correntes ou poupança poderão ser feitos até o dia 22 de março de 2004. A partir desta data, a troca só poderá ser feita nas representações do Departamento do Meio Circulante (Mecir) do Banco Central ou agências autorizadas pelo BC. Além disso, a partir do dia 23 de dezembro, não é mais obrigatório aceitar a moeda de R$ 1,00 cunhada em aço inoxidável como forma de pagamento.

Apesar de já estar aberto o período de troca da moeda, muitas pessoas ainda não sabem o prazo em que deve ser feita, nem o motivo da troca obrigatória. “Já ouvi falar das trocas pela TV, mas não sei o prazo. Acho que é por falsificação”, afirmou Gilmar Veronese, proprietário da Mercearia Viana, no centro de Curitiba. Segundo ele, a maioria das pessoas paga com cédulas de R$ 1,00 e não moedas. Mesmo assim, ele diz reconhecer as falsas, “que são mais leves”, segundo Veronese.

Para o gerente do Sacolão Central, Marco Sarot, a medida do Banco Central é válida. “Tudo o que é para acabar com o intermédio de outras pessoas que querem levar vantagem é bem vindo”, afirmou. Segundo ele, o estabelecimento tem prejuízo de quase R$ 20,00 com cédulas e moedas falsas.

De acordo com o cobrador de ônibus Northon dos Santos Alves, a maioria dos usuários paga a passagem com cédulas de R$ 1,00. Segundo ele, às vezes tem como identificar moedas falsas, mas é difícil. “Algumas são meio tortas, a gente percebe. Mas como pagam muito rápido, não há como ver direito”, diz.

Para a comerciante Isaura Cabral, 50, a troca foi uma surpresa. “Eu não estava sabendo de nada”, comentou, acrescentando que não deve levar as moedas para serem trocadas, já que recebe poucas. “A maioria que recebo é a dourada.” Já o cobrador de ônibus Almiro Paulo de Souza diz que tem um grande volume de moedas de R$ 1,00 em casa, que devem ser trocadas no banco. “Tenho cerca de R$ 50,00 ou R$ 60,00. Deixo as moedas em casa porque são muito pesadas para carregar”, justifica.

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