Com alta de ônibus em SP, FGV prevê IPC-S de 0,80%

O coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), Paulo Picchetti, afirmou hoje que o reajuste de 11,11% autorizado pela Prefeitura de São Paulo para as tarifas de ônibus da cidade deverá gerar uma pressão importante para o indicador de inflação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em janeiro.

De acordo com Picchetti, o impacto do aumento será de 0,23 ponto porcentual para o IPC-S deste mês, que tem uma taxa de inflação projetada pelo coordenador de 0,80%, superior à de 0,72% registrada em dezembro.

A nova tarifa de ônibus da capital paulista, de R$ 3,00, passará a vigorar a partir da próxima quarta-feira, dia 5. O aumento foi confirmado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab no final de 2010. Atualmente, a passagem no município é de R$ 2,70.

O IPC-S abrange sete capitais do País: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife. A capital paulista tem o maior peso na composição do indicador de inflação da FGV. Com isso, aumentos, como o anunciado por Kassab, costumam causar interferências importantes no índice nacional. Em 2010, o reajuste de 17,4% autorizado pelo prefeito para a mesma tarifa foi considerado um dos principais vilões da inflação.

“Só para o IPC-S de São Paulo, o impacto em janeiro será de 0,56 ponto porcentual”, calculou Picchetti, em entrevista a jornalistas. “Como a cidade tem um peso muito grande, teremos um impacto no índice como um todo de 0,23 ponto porcentual. Se não levar mais nada em consideração, a inflação de janeiro já começa com 0,23% só por conta do aumento na tarifa de ônibus”, destacou o coordenador, lembrando que ainda há uma série de pressões aguardadas para o mês, como a do grupo Educação, por conta do reajuste anual das mensalidades escolares.

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