Cocamar investe R$ 1,7 milhão

Nos próximos dias os consumidores irão encontrar uma novidade no mercado: creme de soja. O produto, que é similar ao creme de leite, tem cerca de 20% a menos de gordura e é o único do gênero no Brasil. A Cooperativa Agroindustrial de Maringá (Cocamar) está investindo R$ 1,7 milhão para o lançamento do novo produto, e tem a ambiciosa pretensão de disputar com a marca Mococa a segunda posição no mercado de cremes – hoje liderado pela Nestlé.

Isso parece perfeitamente possível, pois os três estados do Sul e São Paulo – onde a Cocamar tem maior atuação – respondem por 56% do consumo de cremes no País. E seguindo a mesma linha de produtos, em janeiro também estará chegando nos pontos de vendas o condensado e o iogurte de soja. Os lançamentos levarão a marca Purity, que somadas às marcas Suavit e Cocamar, atingem 81 itens e nove linhas de produção. A empresa irá produzir, inicialmente, 50 toneladas/mês de creme de soja – sua capacidade produtiva é de 3 toneladas/ano – que chegam no mercado até a próxima semana.

Segundo o superintendente comercial e industrial da Cocamar, Celso Carlos dos Santos Júnior, pesquisas feitas pela empresa apontaram que os consumidores estão dispostos a adquirir mais produtos a base de soja, desde que sejam práticos, e não se importam de pagar mais por isso – o creme de soja irá custar 15% a menos que os cremes convencionais. Um exemplo disso é o segmento de bebidas à base de soja (BBS), que cresce anualmente 17% no País e hoje atinge 100 milhões de litro/ano. Na Cocamar, as BBSs já respondem por 17% da área de varejo, com faturamento de R$ 250 milhões.

Para 2006, a meta da Cocamar é ampliar o parque fabril, dobrando a capacidade de produção de maioneses e molhos – que hoje é 2 mil toneladas/mês -, e a de sucos – que atinge atualmente 3,2 milhões de litros/mês. Só em equipamentos a cooperativa irá investir R$ 10 milhões. Também estão previstos os lançamentos de farinha de trigo e ração animal. Mesmo com a vocação de uma empresa regional, a Cocamar prevê ainda um incremento nas exportações, que hoje já representam 7% do varejo. A empresa pretende dobrar o faturamento do varejo nos próximos cinco anos, saltando dos atuais R$ 250 milhões para R$ 500 milhões.

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