CNI registra expansão industrial, sem indícios de crise

As vendas reais da indústria brasileira cresceram 2% em setembro, na comparação dessazonalizada com agosto, de acordo com os indicadores industriais divulgados nesta terça-feira (4) pela Confederação Nacional da Indústria. Na comparação com setembro do ano passado, o faturamento real do parque fabril evoluiu 10,2%. No acumulado nos nove primeiros meses do ano, as vendas reais da indústria subiram 8%. De modo geral, no levantamento de setembro, todos os indicadores da CNI registram crescimento, sem indícios ainda de efeitos da crise financeira internacional.

A CNI ressalta, no documento que acompanha a pesquisa, que o chamado efeito calendário favoreceu os dados de setembro. Setembro deste ano teve um dia a mais do que agosto e três dias úteis a mais do que o mesmo mês de 2007. As horas trabalhadas registraram crescimento, na série dessazonalizada, de 1,2% em setembro, ante agosto. Na comparação de setembro com igual mês do ano passado, houve uma expansão de 9,6%. No acumulado do ano, o crescimento foi de 6,1%, ante o período de janeiro a setembro de 2007.

Uso da capacidade

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) da indústria brasileira registrou ligeiro aumento em setembro ante agosto, passando de 83% para 83,3%. Em setembro do ano passado, as indústrias brasileiras operavam a 82,8% de sua capacidade.

A pesquisa também mostra que o emprego na indústria teve expansão de 0,7% em setembro na comparação dessazonalizada com agosto. No confronto com setembro de 2007, o emprego cresceu 4,3%. Entre janeiro e setembro deste ano o emprego nas fábrica cresceu 4,4% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Já a massa salarial paga pela indústria teve forte alta, de 7,1% em setembro em relação ao mesmo mês de 2007. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, ante igual período do ano passado, o crescimento foi de 5,3%.