CNI eleva previsão do crescimento da economia para 4,5%

Brasília – A Confederação Nacional da Industria (CNI) elevou de 4,2% para 4,5% a sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano. Segundo consta do boletim Informe Conjuntural, divulgado nesta segunda-feira (16), a maior elevação no setor de serviços e na arrecadação de impostos ? que abre possibilidade de ampliação dos gastos públicos – proporcionará esse crescimento.

Segundo o documento, o consumo do governo deve crescer 4,7% este ano, na comparação com 2006. A instituição também aumentou a previsão de crescimento do consumo das famílias, que deve expandir-se 5,8%.

"O consumo está em alta. As vendas do comércio varejista cresceram 9,2% na comparação entre as médias dos quatro primeiros meses de 2007 e de 2006. O crescimento das vendas é compartilhado por produtos mais dependentes de renda como artigos de supermercados (aumento de 7,3% nesse período) e por produtos mais dependentes de crédito como móveis e eletrodomésticos (18,5%), equipamentos de informática (21,6%) e veículos e motos (21,3%)", explica o documento.

Os investimentos devem crescer 10,5%, segundo o estudo da CNI, o que, segundo a instituição, pode ser notado pela formação bruta de capital fixo, que se ampliou em 7,2% no primeiro trimestre de 2007, na comparação com o mesmo período de 2006.

A produção de bens de capital aumentou 16,3% nos cinco primeiros meses de 2007. O crescimento da produção de bens de capital para fins industriais nesse período foi de 18,6%. Esse aumento se deve à queda dos juros na economia, ao aumento da utilização da capacidade instalada e aos gastos em infra-estrutura, diz o documento.

A instituição que representa o setor industrial prevê, no entanto, que o crescimento específico da indústria será de 4,0% em 2007, abaixo da média de crescimento da economia.

O Informe Conjuntural atribui esse contraste ao fato de que o crescimento se deve mais às importações, estimuladas pela desvalorização do real frente ao dólar do que pela produção nacional. "A expansão da demanda interna não é acompanhada de aumento similar no produto industrial. Pelo contrário, a taxa de crescimento do produto na indústria de transformação é pouco mais da metade da taxa de expansão do PIB, na comparação entre os primeiros trimestres de 2007 e de 2006. O aumento da demanda interna é atendido, principalmente, por aumento das importações", afirma da CNI.

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