China abre queixa na OMC contra barreiras a sapatos

O crescimento tímido de algumas das principais economias do mundo e a pressão de sindicatos têm levado governos a fazer ameaças e abrir queixas na Organização Mundial do Comércio (OMC). Ontem, foi a vez da China abrir mais uma disputa comercial contra a União Européia (UE). Desta vez, o motivo é o comércio de sapatos e, ironicamente, os chineses têm o apoio de alguns dos maiores fabricantes de calçados da Europa, como Adidas e Puma.

Nesta semana, o Vietnã abriu um caso contra as barreiras americanas, enquanto a Europa anunciou retaliações contra os Estados Unidos. Já Brasil, Austrália e Tailândia ameaçaram iniciar um caso contra a Europa na área agrícola.

Segundo a OMC, o fluxo de exportações voltou a crescer em 2010, mas em um ritmo ainda insuficiente para compensar as perdas de 2009, o pior ano em sete décadas. Além disso, o fim da recessão não representou o fim dos problemas sociais. Em muitos países, o desemprego continua a subir e, junto com isso, a pressão de sindicatos sobre governos para que medidas protecionistas sejam adotadas e para que as barreiras existentes não sejam retiradas.

Ontem, a China acusou a UE de manter barreiras que teriam de ser desmanteladas. A Europa colocou em 2006 sobretaxas contra as importações chinesas, alegando que Pequim estava vendendo seus sapatos com preços injustos. A taxa de 16,5% tinha como meta frear a onda de importações chinesas. Em janeiro, porém, a UE decidiu prolongar a taxa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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