Cheque sem fundo aumentou 14% no Paraná

Levantamento da CheckOK, empresa nacional de verificação eletrônica de crédito, mostra que no mês passado foram devolvidos 590,2 mil cheques por falta de fundos no Paraná, um aumento de 14,2%, na comparação com junho de 2002, mês em que, de cada mil cheques compensados, 45 tiveram o pagamento recusado. No mês passado, de cada mil cheques trocados, 48 foram devolvidos pelo mesmo motivo, um aumento de 6,7% na comparação entre os totais de cheques compensados e devolvidos por falta de fundos.

A boa notícia ficou por conta da diminuição do número de cheques sem fundos em relação a maio. No mês passado, foram devolvidos 590,2 mil cheques no Estado, uma queda de 7,8% em relação a maio, quando houve 640 mil devoluções.

No País, o total de cheques devolvidos também apresentou queda, de 8,3% no mês passado, na comparação com maio, de acordo com o levantamento da CheckOK. De cada mil cheques compensados em junho, 52 foram devolvidos sem fundos; em maio, foram 57 em cada mil. Já na relação entre os meses de junho deste ano e de 2002, o número de cheques devolvidos por falta de fundos subiu 6,6%. Dos 185,3 milhões de documentos compensados no mês passado, 9,7 milhões eram frios, ou seja, de cada mil cheques compensados, 52 não tinham fundos. Esta quantidade foi 5,3% maior do que mesmo mês de 2002, quando o total de devoluções foi de 50 em cada mil compensados.

Todos os números do levantamento da CheckOK têm como base o total de devoluções mensais de cheques (sem fundos, devolvidos pela primeira e pela segunda vez), fornecidos pelo Banco Central.

Inadimplência não deve diminuir

A queda no número de cheques sem fundos no país é um bom indicador de melhora nos níveis de inadimplência, porém, além do fato do mês ser marcado pelo fim dos pagamentos das compras de fim de ano efetuados com pré-datados, deve-se destacar o marasmo econômico pelo qual passa o país, fato demonstrado pela redução no número de transações totais com cheques no país, que apresentou queda de 6%, na comparação do volume total de cheques transacionados no primeiro semestre de 2003 e no mesmo período de 2002. Além disso, fatos como a retração contínua das vendas do comércio no começo do ano, dificuldade de crescimento da indústria e índices inflacionários mostrando deflação confirmam a dificuldade econômica que o país atravessa.

De acordo com analistas da ABM Consulting, os índices de inadimplência e cheques sem fundo, salvo movimentos sazonais, não terão melhora significativa no ano de 2003, justamente pela dificuldade de crescimento nesse exercício, que não deve proporcionar grande melhora nos índices de emprego e, conseqüentemente, no nível de solvência.

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