Cassel apresenta programa “Mais Alimentos” a Lula

Na primeira parte da reunião ministerial desta segunda-feira (9), que terminou no início da tarde, no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi apresentado ao programa "Mais Alimentos" pelo Ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel. O objetivo do programa é aumentar a produção de alimentos já a partir do próximo Plano Safra, a ser lançado ainda neste mês. O governo está preocupado com o aumento dos preços dos alimentos e o impacto na inflação. Por isso, o próprio presidente Lula defendeu a elevação do valor dos benefícios pagos pelo programa Bolsa Família, no País.

Na reunião, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou que os mais pobres estão tendo uma perda maior por causa da inflação de alimentos, da ordem de 8%. Por isso, o presidente Lula defende que é preciso que os ministros da Fazenda e do Planejamento, Paulo Bernardo, "analisem com carinho" a possibilidade de aumento do Bolsa família.

Na sua exposição, Mantega mostrou que os preços dos alimentos estão aumentando 12%, enquanto os dos demais itens estão aumentando 3%, dando um impacto médio na inflação da ordem de 5%. "Por isso, quem mais está sofrendo com isso são os mais pobres", avaliou o ministro na reunião, fazendo com que o presidente passasse a defender o reajuste do benefício que atinge 11 milhões de famílias.

Lula não falou em índices em que o Bolsa Família pode ser reajustado. Na reunião da semana passada, o presidente Lula recebeu uma proposta do ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, de aumento de 6% do benefício. Existem, no entanto, outros estudos de impacto sendo avaliados pela área econômica. A idéia do governo é definir este reajuste antes do dia 4 de julho, para evitar problemas com a lei eleitoral.

Produtos

Apesar da preocupação com os alimentos, os dados disponíveis pelo governo demonstram que boa parte de seus preços já está se acomodando, embora ainda haja problemas em relação ao feijão e à carne bovina. "A inflação de alimentos chegou ao ponto mais alto e a tendência daqui pra frente é cair", informou Mantega.

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, por sua vez, emendou mostrando como está o comportamento dos preços dos alimentos dos últimos 30 dias. E avisou que em "vários (produtos), estão caindo", citando como exemplo os preços do trigo e da soja. Ele salientou, porém, que "a preocupação maior do governo, no momento, é em relação aos preços do feijão e da carne bovina".

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