Captação e fluxo mantêm dólar em baixa

O dólar caiu e fechou abaixo de R$ 2,70, ontem, pelo segundo dia consecutivo. Três fatores favoreceram a nova queda: a tendência externa, o fluxo positivo de recursos e o anúncio de captações. A moeda norte-americana encerrou em baixa de 0,26%, vendida a R$ 2,681. Na mínima do dia, o dólar chegou a ser cotado a R$ 2,675, menor valor deste mês. Mas o Banco Central aproveitou essa taxa e fez leilão de compra de divisas no final da manhã.

Por ser véspera do feriado em São Paulo (aniversário da cidade), as corretoras reduziram os negócios e hoje vão operar em esquema de plantão. No exterior, o euro voltou a se valorizar frente ao dólar, cotado a US$ 1,3045. Operadores citaram notícia publicada no jornal britânico Financial Times de que os bancos centrais no mundo elevaram suas reservas em euro, em detrimento do dólar.

Já o banco Cruzeiro do Sul anunciou uma captação de US$ 17 milhões no exterior, com prazo de 18 meses e retorno de 8,25% ao ano para os investidores. Devido ao excesso de demanda, o valor da operação ficou acima do esperado (US$ 5 bilhões).

A valorização do real frente ao dólar preocupa o comércio exterior. Um sinal amarelo já está aceso: uma queda do superávit comercial. O saldo positivo entre exportações e importações foi de US$ 292 milhões na terceira semana de janeiro (dias 17 a 23), um resultado menor que o registrado na semana anterior, de US$ 540 milhões.

A cada semana, o mercado financeiro reduz suas previsões para a moeda americana. Boletim Focus, divulgado ontem, aponta a moeda a R$ 2,72 no fim deste mês, a R$ 2,74 no final de fevereiro, a R$ 2,90 no fim deste ano e a R$ 3,08 no final de 2006.

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