Câmara alemã aprova plano de estímulo de US$ 64,2 bilhões

A Câmara Baixa da Alemanha aprovou um segundo plano de estímulo fiscal para dois anos de 50 bilhões de euros (US$ 64,2 bilhões) e aprovou um orçamento suplementar do governo para 2009, no qual a coalizão governista dobra a meta de empréstimo. O programa de estímulo segue o pacote de 31 bilhões de euros adotado em novembro de 2008 e as medidas combinadas representam 1,5% do Produto Interno Bruto alemão. A Câmara Alta deve votar a proposta em 20 de fevereiro.

O novo plano visa impulsionar o investimento em infraestrutura pública em 16,9 bilhões de euros e cortar impostos de renda e tributos sobre seguro-saúde público em cerca de 18 bilhões de euros a partir de 1º de julho. O programa também vai encorajar empresas a manter seus funcionários e pagará um bônus de 100 euros por criança. O plano ainda ajudará a indústria automotiva, com incentivos financeiros para a compra de novos carros.

Como parte da proposta de orçamento suplementar, a nova meta de empréstimos líquidos do governo será elevada para 36,8 bilhões de euros (US$ 47,27 bilhões), de 18,5 bilhões de euros anteriormente. Mas esse volume exclui um fundo especial que será criado separadamente e dará ao governo permissão para tomar até 21 bilhões de euros (US$ 26,97 bilhões) em dívida adicional. Esse fundo será criado para ajudar a financiar o plano de estímulo.

A nova exigência de dívida do governo, incluindo a dívida adicional resultante do fundo, alcançaria o maior nível em seis décadas, ultrapassando o recorde de 40 bilhões de euros registrado em 1996. A previsão de gastos totais é de 297,5 bilhões de euros agora (US$ 382,14 bilhões), enquanto os investimentos devem alcançar 28,7 bilhões de euros (US$ 36,86 bilhões).

O pacote também inclui planos de criar um fundo de 100 bilhões de euros (US$ 128,45 bilhões) para prover garantias de liquidez para ajudar empresas com dificuldade de obter crédito. Mas o governo não assumiria participação direta nessas empresas.

Hoje foi divulgado que o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha apresentou, no quarto trimestre do ano passado, sua maior queda desde o primeiro trimestre de 1987, pressionado pela forte redução das exportações e dos investimentos em maquinário. O PIB alemão declinou 2,1% em relação ao terceiro trimestre, de acordo com os dados divulgados pelo Escritório Federal de Estatísticas, já ajustados aos efeitos sazonais e do calendário. Na comparação com o quarto trimestre de 2007, o recuo foi de 1,7%. Foi a terceira baixa consecutiva: o PIB da Alemanha já havia declinado 0,5% em cada um dos dois trimestres anteriores. As informações são da Dow Jones.

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