Caixa voltará a financiar imóvel usado

A Caixa Econômica Federal poderá retomar o financiamento de imóveis usados e novos (prontos) no começo do primeiro semestre. O Codefat (Conselho Curador do Fundo de Amparo ao Trabalhador) deve se reunir no começo de junho para aprovar a realocação de recursos da linha FAT-Habitação, concedida pela Caixa para o financiamento de imóveis para as famílias de classe média.

Entre as idéias em estudo está a aprovação da realocação de 10% do FAT-Habitação para imóveis na planta para outras duas linhas de crédito: imóveis usados e prontos.

Se a proposta for aprovada, as duas linhas deverão receber R$ 55 milhões, valor considerado insuficiente pelas construtoras e empreendedores de imóveis.

No ano passado, o FAT liberou R$ 150 milhões para o financiamento de imóveis usados, R$ 300 milhões para os novos e R$ 550 milhões para os projetos na planta.

Diante da elevada demanda, o crédito para o financiamento de imóveis usados acabou em dezembro de 2002. A concessão de financiamento para imóveis novos foi suspensa em março deste ano, pelo esgotamento dos recursos para esta modalidade de crédito.

Já a linha de imóveis na planta encerrou 2002 com quase a totalidade de seu orçamento inicial de R$ 550 milhões. Segundo as construtoras, as regras para concessão de crédito dificultam que o interessado venha a entrar neste tipo de financiamento.

A Caixa informou que uma parte dos R$ 550 milhões da linha de financiamento de imóveis na planta já foi utilizada. Mesmo assim, o Codefat deve aproveitar 10% dos recursos desta linha e distribuir para os outros dois programas, cuja demanda é muito maior por parte dos interessados na compra da casa própria.

Prestação

A prestação da casa própria vai subir 6,84% no mês de junho, segundo a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

O índice é válido para contratos de financiamento do SFH (Sistema Financeiro da Habitação) vinculados ao PES (Plano de Equivalência Salarial) por categoria profissional com data-base para aumento salarial em maio e prazo de 30 dias para repasse às prestações.

Os contratos com data-base em abril e defasagem de 60 dias para repasse às prestações terão aumento de 6,65%. Os aumentos incluem a variação do índice de atualização do saldo devedor nos últimos 12 meses e o índice de produtividade de 3%, estabelecidos pelo CMN (Conselho Monetário Nacional).

Os mutuários que tiverem um reajuste maior na prestação do que o obtido no salário poderão solicitar revisão de cálculo ao banco. É necessário apresentar os últimos 12 holerites. É preciso lembrar que a diferença obtida na revisão do contrato é incorporada ao saldo devedor, o que aumenta a dívida futura do mutuário.

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