Brasil formará parte de aliança contra barreiras ao aço dos EUA

O Brasil formará parte da aliança composta pela União Européia (UE) e outros seis países no processo contra as barreiras ao aço impostas pelos Estados Unidos. O País era o único que não fazia parte do grupo que está questionando o protecionismo norte-americano na Organização Mundial do Comércio (OMC).

No início de março deste ano, os Estados Unidos implementaram uma tarifa de até 30% sobre as importações de aço de todo o mundo, inclusive do Brasil. Washington alegou que os produtos importados estariam levando as empresas nacionais ao colapso.

Diante das barreiras, uma série de países, entre eles a China  Suíça, Japão, Coréia, Nova Zelândia e os europeus decidiram pedir a intervenção da OMC para julgar se a medida norte-americana estaria violando as regras do comércio internacional.

O Brasil, porém, optou por questionar os Estados Unidos de forma independente. A estratégia era tentar conseguir que Washington aceitasse o argumento do Itamaraty de que os produtos brasileiros não eram responsáveis pelas dificuldades enfrentadas pela indústria norte-americana.

A esperança, portanto, era que, fora da aliança, o Brasil conseguisse que a Casa Branca retirasse os produtos nacionais da lista dos itens sobretaxados. Mas com o anúncio desta semana, em Washington, de que o aço nacional continuará sofrendo com a altas tarifas, o Itamaraty optou por se juntar ao grupo liderado por Bruxelas.

O subsecretário de Assuntos de Integração e Econômicos do Itamaraty, Clodoaldo Hugueney, tem outra explicação para a mudança de estratégia do Brasil: trata-se apenas de uma medida para economizar, já que o processo conduzido pela coalizão é praticamente o mesmo defendido pelo País.

Amanhã, o Brasil enviará um pedido à OMC para que sua demanda seja incluída na agenda de reuniões da entidade e, no dia 29 de julho, a decisão de fazer parte da coalização contra os Estados Unidos será oficialmente anunciada.

Apesar da aliança com a UE, o Brasil poderá também pedir um painel contra as barreiras de Bruxelas ao aço nacional. Os europeus estabeleceram tarifas suplementares à importação de produtos siderúrgicos, temendo que as mercadorias que não conseguissem entrar nos Estados Unidos fossem desviadas para a Europa. A decisão de abrir um investigação por parte do Brasil, porém, somente será tomada em setembro.

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