Brasil exporta trigo pelo Porto de Paranaguá

O embarque de 59 mil toneladas de trigo no navio ?Navios Gemini S?, de bandeira panamenha, incrementará a movimentação do produto no Porto de Paranaguá neste início de ano. No ano passado, entre janeiro e 10 de fevereiro, o porto não havia embarcado nenhuma tonelada de trigo, mas em 2006, no mesmo período, já foram exportadas mais de 270 mil toneladas.

A evolução deve-se, segundo o gerente-geral da Companhia Brasileira de Logística (CBL), Washington Viana, a um incentivo dado aos produtores, que viram suas colheitas serem prejudicadas com a estiagem, para que vendessem suas produções em leilões por preços mais atrativos ao mercado externo.

?A perda da qualidade fez com que o governo promovesse o Prêmio de Escoamento de Produto (PEP), um auxílio financeiro para incentivar a venda do trigo de qualidade inferior, com um PH mais baixo, para transformá-lo em ração. Mas essa movimentação não deve estender-se além de março?, disse Viana.

Contrariando a vocação brasileira e do próprio Porto de Paranaguá em importar trigo, as exportações do produto continuarão acentuadas e, ainda nesta semana, ocorrerão outros embarques. Um deles de 40 mil toneladas no navio ?Angelic Power?, que já está ao largo, e outro de 56 mil toneladas no navio ?Anna A?, que tem como destino as Filipinas e deverá chegar ao Porto de Paranaguá nas próximas 48 horas.

Segundo Paulo Florentino, gerente operacional da empresa Cargonave, as Filipinas têm sido o principal destino do trigo embarcado em Paranaguá. Nos próximos dias, outros três navios levarão o produto para o país asiático, atraído pelos preços praticados no Brasil, após o auxílio dado aos agricultores.

O Paraná responde por 55% de todo o trigo produzido no País, reconhecido como a opção de inverno, substituindo a soja e o milho. Com a estiagem, o governo do Estado defende a manutenção do PEP e o apoio do governo Federal para amenizar os efeitos da seca no Paraná.

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