Brasil é o 45.º país mais honesto

A percepção da corrupção no Brasil se mantém estável, aponta relatório divulgado hoje pela organização não-governamental Transparência Internacional. Segundo o levantamento, o país é o 45.º país mais honesto. No ano passado, ocupava a 46ª posição e, em 2000, a 49.ª.

Apesar da pequena mudança no ranking, o Brasil continua com uma nota ruim no índice de percepção da corrupção, com 4 pontos – a mesma nota do ano passado. Quanto maior a classificação, em uma escala de 0 a 10, menor o grau de corrupção. São classificados como países pouco corruptos os que tiveram índice acima de 7,0.

Este ano, a ONG analisou 102 países, 11 a mais do que no ano passado. O levantamento é baseado na opinião de investidores, funcionários de multinacionais e analistas estrangeiros.

A Transparência Internacional critica a atuação dos candidatos à Presidência, e destaca que “em aparente desprezo”, os candidatos “têm ignorado inteiramente o assunto da corrupção e não apresentam propostas concretas para combatê-la”.

A nota recebida pelo Brasil é igual a da Bulgária, Jamaica, Peru e Polônia. Pelo terceiro ano consecutivo, a Finlândia (9,7) foi considerada o país mais honesto, seguida da Dinamarca (9,5) e da Nova Zelândia (9,5 também).

Bangladesh, novamente foi considerado o país mais corrupto, com nota 1,2.

América do Sul

No ranking da honestidade da América do Sul, o Brasil está abaixo do Chile – que recebeu 7,5, nota próxima dos EUA (7,7) e da Alemanha e Israel (7,3 cada) -, Uruguai (5,1), Trinidad e Tobago (4,9) e Costa Rica (4,5).

A Argentina piorou sua situação e passou para o 70º lugar. Já o Paraguai ficou em último na escala da América do Sul, com nota 1,7. No ranking geral, atrás dele estão apenas Nigéria (1,6) e Bangladesh (1,2).

A Transparência Internacional lembra que a percepção ruim em relação à corrupção no país tem efeitos diretos sobre os investidores.

“Numa época em que qualquer soluço de pesquisa eleitoral provoca ataques especulativos e incertezas, o anúncio, por qualquer candidato presidencial, de que efetuará um combate frontal à corrupção só poderá ter efeitos salutares”, avalia a ONG.

Voltar ao topo