Brasil e Canadá retomam debate sobre subsídios

Londres (AE) – Os governos do Brasil e Canadá devem retomar em duas semanas as negociações sobre os subsídios para seus fabricantes de aeronaves regionais, Embraer e Bombardier. Representantes dos dois governos, em disputa há anos, devem se reunir em Ottawa em meados de outubro. Segundo o jornal canadense Globe and Mail, as partes não fazem reunião desde agosto, embora tenham mantido um diálogo em torno de assuntos técnicos.

As negociações para se tentar fechar um acordo começaram no início de 2003, após o Canadá e o Brasil apresentarem diversas reclamações de subsídios na Organização Mundial de Comércio (OMC). Ambos foram autorizados pela OMC a adotarem retaliações compensatórias, mas elas não foram efetivadas.

Uma fonte do governo canadense disse ao Globe and Mail que os dois países têm se aproximado em temas importantes nos últimos meses e essa próxima reunião indicar se um acordo assinado até o final do ano. É possível também que seja assinado um memorando de entendimento que não resolva completamente a disputa, mas reconheça os avanços nas negociações.

O ministro para o Comércio Internacional do Canadá, Jim Peterson, disse ter esperança que um acordo seja fechado, mas ressalvou ser difícil prever o resultado do encontro. “Não é do interesse de ninguém ter uma guerra comercial”, disse Peterson em entrevista coletiva à imprensa.

Bombardier

O governo canadense está avaliando um pedido para a concessão de garantias de financiamento para ajudar a Air Canada a comprar trinta aviões regionais da Bombardier. O valor total da transação é de cerca de US$ 820 milhões. Ontem a Air Canadá confirmou a encomenda firme de 45 aviões regionais da Embraer, um negócio avaliado em US$ 1,35 bilhão. O porta-voz da Embraer nos Estados Unidos, Douglas Oliver, disse que os detalhes do financiamento da venda dos aviões são confidenciais.

A encomenda da Air Canada à Bombardier tem 15 aviões a menos do que o anteriormente previsto (15 aviões foram encomendados numa base “condicional” e podem ser cancelados sem multas). A Air Canada tem também opção de compra de outros 45 aviões da Bombardier.

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