antidumping

Brasil decide sobretaxar importação de malhas de viscose da China

As importações brasileiras de malhas de viscose, com ou sem elastano, da China ficarão mais caras, segundo decisão tomada hoje pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex), presidido pelo ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Será aplicada uma sobretaxa de US$ 4,10 por quilo por um período de até cinco anos. Investigações feitas pelo Departamento de Defesa Comercial (Decom) do MDIC concluíram que as importações de malha de viscose da China causaram dano à indústria brasileira em função da prática de dumping.

O pedido de investigação para aplicação de antidumping foi feito pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). A investigação foi aberta pelo Decom em novembro de 2009. As malhas de viscose são utilizadas na fabricação de roupas, principalmente para o público feminino, sendo as mais comuns: blusas, saias, vestidos e acessórios. O Imposto de Importação do produto é de 26%, segundo o ministério do Desenvolvimento.

O Gecex também decidiu aplicar direito antidumping provisório, por um prazo de até seis meses, às importações brasileiras de n-Butanol dos Estados Unidos. O n-Butanol é um solvente orgânico usado na produção de plastificantes, na indústria de tintas e vernizes, perfumes e intermediários para detergentes e antibióticos. A alíquota do Imposto de Importação do produto é de 12%. O pedido de investigação, aberta em julho do ano passado, foi feito pela única produtora nacional de n-Butanol, a Elekeiroz S.A. O valor da sobretaxa vai variar entre US$ 125,74 por tonelada do produto a US$ 244,91 por tonelada, dependendo da empresa exportadora.