Bovespa cai de novo e perde 4,75% na semana

O Ibovespa fechou em queda pelo terceiro dia consecutivo e no menor patamar desde o último dia 2 de fevereiro. Mais uma vez, a disparada do risco-Brasil e o desempenho negativo nas Bolsas americanas provocaram perdas. Siderurgia e mineração voltaram a liderar as baixas no pregão. O índice paulista caiu 1,31% e somou 24.655 pontos. Com isso, acumulou perda de 4,75% na semana, de 7,35% no mês e de 5,88% no ano. O pregão movimentou cerca de R$ 1,497 bilhão, abaixo da média do mês passado (R$ 1,8 bilhão).

Nos EUA, o índice Dow Jones caiu 1,86%, enquanto a Bolsa eletrônica Nasdaq recuou 1,98%, em meio às preocupações com o crescimento da economia.

Em São Paulo, a ação ordinária da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) ficou no topo das maiores quedas, desvalorizando 3,12%, cotada a R$ 52,50. Já o papel PNA caiu 1,87%, negociado a R$ 48,90.

A ação ordinária da Vale do Rio Doce caiu 1%, vendida a R$ 71,50. O papel PNA da mineradora foi novamente o mais negociado e terminou praticamente estável (+0,16%), cotado a R$ 60,35. Como ontem a mineradora anunciou o pagamento de remuneração aos acionistas no próximo dia 29, os papéis começaram a ser negociados no pregão com a distinção ?ex-juros?, descontando o valor do provento.

O menor apetite dos investidores estrangeiros afeta os negócios com ações de siderurgia e mineração, porque esses papéis são os preferidos por esse grupo de aplicações.

Um dos termômetros da maior aversão ao risco é o risco-Brasil, calculado pelo banco norte-americano de investimentos JP Morgan, que superou ontem a marca dos 490 pontos, acumulando alta de 10% nesta semana. O indicador refletiu a desvalorização dos títulos da dívida externa do País.

Na próxima semana, a Bolsa vai ser guiada pelo vencimento dos contratos de opções na segunda-feira e, por conseqüência, pelos tradicionais ajustes nas carteiras dos investidores, e pela expectativa com a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre os juros. Na quarta-feira, o Banco Central definirá o rumo da taxa Selic, hoje em 19,25%. Os bancos estão divididos entre uma alta de 0,25 ponto percentual e manutenção dos juros.

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