Bancos estão mais otimistas em relação a 2007

Os representantes de bancos estão mais otimistas em relação aos dados da economia brasileira para este ano, segundo revelou levantamento realizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com base em 43 instituições financeiras. Para se ter uma idéia, a expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano foi revisada de 4,27%, na pesquisa anterior de junho, para 4,55%.

"Essa expectativa e a sua abertura mostram que o ciclo de expansão é bastante longo e verificamos que quanto mais o tempo passa, mais se vê que a expansão da economia está relacionada com investimentos e não é só baseada em um consumo desenfreado", avaliou o economista-chefe da Febraban, Nicola Tingas.

Ao abrir esse dado, verifica-se que os representantes das instituições financeiras prevêem o crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) de 9,55% este ano, ante 8,70% do levantamento anterior. Os economistas dos bancos consultados estão mais otimistas em relação à projeção média de crescimento da produção industrial, que passou de 4,30% para 4,56%.

As projeções para o investimento estrangeiro direto (IED) também subiram e passaram de uma média US$ 20,40 bilhões para US$ 26,98 bilhões. "Mais um fator que corrobora para o crescimento da FBCF é o IED, que deve crescer muito e mostrar que este será um excelente ano", considerou Tingas. Para as reservas internacionais, a estimativa média de 2007 aumentou de US$ 154 48 bilhões para US$ 170,83 bilhões. No caso do câmbio, houve uma redução da projeção da taxa média ao final deste ano de R$ 1,94 para R$ 1,88.

Inflação

A única exceção em relação ao otimismo dos bancos para este ano é a inflação. A projeção média para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2007 subiu de 3,60% para 3,66%. Apesar da elevação, Tingas afirmou que não há preocupação em relação ao nível de preços porque o porcentual esperado está abaixo da meta de 4,5%, perseguida pelo Banco Central. "Vemos que o crescimento da atividade é benigno e sem efeitos sobre a inflação, o que permite a redução maior dos juros", defendeu. Os dados foram divulgados hoje pela Febraban.

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