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Banco chinês diz que grande flutuação do real prejudica negociações com Brasil

O presidente do escritório de representação do China Development Bank no Rio de Janeiro, Song Lei, observou em uma palestra no III Seminário Brasil China, na Fundação Getúlio Vargas (FGV), que os investimentos chineses no País enfrentam alguns desafios, como modelos de compartilhamento de riscos incompletos, a grande flutuação da moeda e a falta de recursos do governo brasileiro para dar contrapartidas.

Uma das sugestões de Lei é de que seja criada uma moeda entre os dois países para facilitar as negociações, e que haja mais participação do governo nos projetos.

“Queremos que o governo seja um garantidor das políticas públicas e que entre com investimentos”, disse durante palestra no seminário “Um cinturão, uma rota e um rio”, promovido pela FGV em referência à política chinesa “Um cinturão e rota”, promovido pela China.

Inaugurado no Brasil em 2103, o banco de desenvolvimento econômico da China participa do financiamento de 50 projetos de infraestrutura no Brasil, informou Lei, totalizando uma carteira de US$ 60 bilhões. “O Brasil é a maior economia da América Latina, mas com infraestrutura atrasada. O Brasil investe só 2% do PIB em infraestrutura e a China 7%, isso prejudica o desenvolvimento econômico Brasileiro”, disse.

De acordo com o presidente do Conselho Empresarial de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Mauro Viegas Filho, os projetos no País se desenvolvam porque ficam vinculados aos períodos do governo eleito. “No Brasil os projetos não vão para frente porque mudam a cada governo, tem que colocar legislação consistente, que permita o planejamento de longo prazo, tem quem ter continuidade”, afirmou.

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