Troco

Banco Central coloca mais moedas em circulação

O Banco Central do Brasil (BC) está colocando mais moedas em circulação, para facilitar o troco, e melhorar a qualidade das cédulas de R$ 2 e R$ 5 que circulam no mercado.

O órgão divulgou ontem, em Curitiba, que até o fim do ano vai facilitar a troca nem só de notas velhas desses valores, como também trocará cédulas por kits de moedas, no valor de R$ 100.

Em entrevista coletiva na sede do Banco Central em Curitiba, o chefe nacional do Departamento do Meio Circulante (Mecir) da instituição, João Sidney de Figueiredo Filho, afirmou que a falta de moedas no mercado se deve principalmente ao chamado hábito de entesouramento da população, que costuma guardar ou perder as moedas.

Segundo ele, uma pesquisa encomendada pela instituição descobriu que os homens das classes A e B são os que mais cultivam o hábito. Figueiredo Filho apresentou cálculos do Banco Central que apontam que cerca de metade das moedas fabricadas desde o início do Plano Real, em 1994, estão fora de circulação.

“Isso aumenta a despesa pública”, observou, lembrando que o País gasta R$ 400 milhões por ano para cunhar moedas novas. Cerca de metade desse valor, calculou, poderia ser economizado se o hábito de guardar moedas fosse minimizado.

O BC informa que só este ano encomendou a confecção de 2 bilhões de moedas, ao custo médio de R$ 0,21 por unidade. O volume é 56% maior que em 2008. A produção de cédulas de R$ 2 e R$ 5 também aumentou mais de 50% em relação ao ano passado. Pelo menos metade da produção está pronta para circular.

“Não há falta de moedas. Se algum banco falar que o BC não entrega, não é verdade”, diz Figueiredo Filho. No caso do Paraná e Santa Catarina área de abrangência da regional sediada em Curitiba , a distribuição de moedas, feita de acordo com a demanda dos bancos, diminuiu em relação ao ano passado: de janeiro a agosto deste ano, foram 26,6 milhões de peças, contra 31,6 milhões no mesmo período de 2008. Já o número de cédulas de R$ 2 e R$ 5 aumentou, passando, em igual período, de 152,3 milhões em 2008 para 166,6 milhões em 2009.

As trocas de moedas e cédulas deverão ser feitas em bancos, que estão tendo acesso ao serviço sem custo. Em Curitiba, as operações são realizadas na agência do Banco do Brasil da Praça Tiradentes.

Falsificações

De acordo com Figueiredo Filho, apesar das apreensões de notas falsas estarem diminuindo no Brasil e no Paraná, a participação do Estado no total de cédulas apreendidas vem aumentando.

Se, em 2007, o Estado respondia por 4% das notas falsas encontradas, em 2008 a porcentagem passou para 7%. Este ano, ele informou que a tendência é de que o índice passe para 9%.

Figueiredo Filho ressaltou a importância de se conferir as cédulas recebidas, e de conhecer os elementos de segurança das cédulas. “Mas as pessoas sequer lembram o bicho que tem em cada nota”, brincou.