Bancários rejeitam proposta

São Paulo  – Terminou novamente sem acordo, ontem, a quinta rodada de negociação entre os bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). Os trabalhadores, que vinham fazendo assembléias em todo o país nos últimos dias, comunicaram oficialmente aos bancos que não aceitam a proposta de reajuste salarial. Os banqueiros oferecem 10% de reajuste, abono de R$ 1.320,00 e 80% do salário mais R$ 600,00 como Participação nos Lucros e Resultados (PLR).

– Queremos pelo menos a reposição integral das perdas. Não vamos aceitar nada menos do que os 18% referentes a inflação dos últimos 12 meses – afirmou o secretário-geral do Sindicato dos Bancários do Estado de São Paulo, Luiz Cláudio Marcolino.

Inicialmente, os sindicalistas, que representam 400 mil trabalhadores em todo o país, pediam 21,58% de reajuste (16,43% do ICV Dieese dos últimos doze meses, resíduo de 0,42% e 3,99% de produtividade). Uma nova reunião acontecerá no dia 17. Marcolino disse que se não houver avanços, as paralisações vão continuar. Na próxima quinta-feira acontecerá o Dia Nacional de Luta. De acordo com o sindicalista, os principais bancos do país devem ter as suas atividades paralisadas em algum período do dia.

– Vamos continuar as paralisações temporárias. Se não der resultado e os bancos não oferecerem proposta satisfatória, vamos fazer greve geral no final de setembro – afirmou Marcolino.

Marcolino disse que os trabalhadores estão indignados com a falta de sensibilidade dos bancos, que apontam dificuldades financeiras para repor integralmente os salários. Na última rodada de negociação, realizada no dia 1.º de setembro, ficou assegurada a prorrogação da validade do atual acordo até a conclusão das negociações, garantindo-se a data-base da categoria. Isso significa que a convenção a ser firmada será retroativa a 1.º de setembro.

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