Bancários protestam por salário melhor e participação nos lucros

Algumas agências bancárias foram fechadas, ontem, nas principais capitais brasileiras. O Dia Nacional de Lutas é um protesto contra a proposta apresentada pelos banqueiros no último dia 10 de agosto de 6% de reajuste salarial. Os bancários querem 25% de aumento (6,22% de reposição das perdas inflacionárias e 17,68% de aumento real), além de Participação nos Lucros e Resultados (um salário mais R$ 1.200 fixos), uma cartela a mais de tíquete-alimentação por ano, piso salarial equiparado ao salário mínimo do Dieese, hoje em R$ 1.522,00, 14.º salário e mais segurança nos bancos.

Os bancários somam hoje 380 mil em todo o País e têm data-base em 1.º de setembro. As paralisações atingem a maioria das capitais.

“A proposta apresentada na semana passada é muito desproporcional aos lucros obtidos pelos bancos. Não fecharemos esta campanha sem aumento real de salários”, disse o presidente da CNB/CUT, Vagner Freitas.

No Paraná, as atividades tiveram o apoio dos sindicatos dos bancários de Curitiba, Londrina, Umuarama, Paranavaí, Campo Mourão e Toledo. Pelo menos 27 agências da área central da cidade aderiram a paralisação de 24 horas, além dos centros administrativos dos bancos HSBC (Hauer), Caixa Econômica (centro) e Banco do Brasil (centro). A atividade envolve cerca de 3 mil trabalhadores.

Cerca de 3,5 mil bancários cruzaram os braços ontem em Curitiba. O número representa quase 30% da categoria na capital, segundo a presidente do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana, Marisa Stédile.

“Os bancos apresentaram proposta de reajuste salarial de 6%, e agora estamos aguardando que apresentem uma nova proposta”, afirmou Marisa. Segundo ela, a paralisação atingiu 27 agências do centro de Curitiba – incluindo o Bradesco, Itaú, HSBC, Banco do Brasil, Real, Sudameris, Unibanco, entre outros – além de três prédios de administração: o Banco do Brasil da Praça Tiradentes, Caixa Econômica Federal da Praça Carlos Gomes e o HSBC da Vila Hauer, onde funcionam serviços de telebanco, call center e telemarketing para todo o País. A mobilização começou às 6h da manhã e só encerrou às 18h. Além de Curitiba, agências de outras capitais também ficaram fechadas.

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