Balança comercial fechou com superávit de US$ 4 bilhões

As exportações do Paraná fecharam o ano de 2006 com vendas de US$ 10 bilhões, valor 0,21% menor que o verificado no ano anterior. Já as importações, que já haviam crescido 12,45% em 2005, tiveram aumento de 32,04%. Com isso, o Estado fechou o ano com um saldo na balança comercial de US$ 4 bilhões. Os dados são da Secretaria Nacional de Comércio Exterior (Secex) e foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento Econômico.

Na análise do governo do Paraná, o resultado foi positivo já que o crescimento das importações significa o fortalecimento da economia interna. ?Mais importações representam, em muitos casos, mais aporte de bens de capital e de matéria-prima para as indústrias locais?, avalia o secretário estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Jacir Bergmann II. ?É uma sinalização de que o empresariado espera a ampliação de suas vendas?, acrescenta.

Tendência

A pequena queda das exportações, explica ainda o secretário, decorreu principalmente do desempenho dos produtos básicos, devido à seca dos últimos três anos e à redução das vendas de carne, comprometidas por causa do anúncio do Ministério da Agricultura de que o Paraná teria registrado focos de febre aftosa. No entanto, a partir do segundo semestre de 2006 houve uma reversão do quadro.

Já os produtos semimanufaturados e os manufaturados apresentaram expansão.

Importações

O crescimento das compras externas paranaenses foi puxado pelas importações de bens de capital (máquinas e equipamentos), que aumentaram 17,07%, e pelas importações de combustíveis e lubrificantes (135,68%) e bens de consumo (90,02%).

O incremento das compras de combustíveis e lubrificantes se deve sobretudo a razões estratégicas de produção de derivados de petróleo de elevado valor, para os quais é necessário um tipo de petróleo não extraído em território nacional.

A unidade paranaense de processamento desse insumo básico é a que dispõe de aparato tecnológico para realizar a conversão de matéria-prima em bens intermediários e finais de maior valor agregado, que são distribuídos para outros estados e também exportados.

O aumento das importações paranaenses de bens de consumo, em 2006, se concentrou em automóveis (913,30% sobre 2005), que passou a ser o segundo item mais significativo da pauta, com um valor de US$ 322 milhões, perdendo apenas para a importação de petróleo (US$ 1,3 bilhão). As importações de veículos subiram de 2.337 unidades para 26.888 entre 2005 e 2006, sendo que quase dois terços vieram da Argentina. As importações de veículos mexicanos também aumentaram significativamente, passando de 579 unidades (US$ 5,5 milhões) para 7.027 unidades (US$ 82,5 milhões), em decorrência de acordos comerciais firmados pelo Brasil com aquele país.

Os bens intermediários, que representam quase a metade do total importado, tiveram suas compras ampliadas em 3,7% (2005 contra 2004) e em 10,87% na comparação entre 2006 e o ano anterior. Dentro deste grupo de produtos, as importações de insumos industriais apresentaram o maior aumento, passando de US$ 1,396 bilhão em 2005 para US$ 1,745 bilhão em 2006.

Exportações

O resultado das exportações também aponta para a diversificação de produtos exportados pelo Paraná. Os quatro principais grupos material de transporte, complexo soja, madeiras e carnes perderam participação relativa nas vendas externas. Em 2005, eles representaram mais de 70% do valor e do peso exportado e passaram a responder por menos de 60% em 2006.

Os produtos que ganharam destaque na pauta das exportações paranaenses foram açúcar, cereais, preparações alimentícias diversas e bebidas. No total, a participação relativa deles no valor das exportações subiu de 6,71% em 2005 para 14,28% em 2006.

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