Aumentam consultas para proteção ao crédito

As consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), indicador de vendas a prazo, aumentaram 31,47% em dezembro de 2004 sobre o volume de novembro do mesmo ano na Região Metropolitana de Curitiba e litoral. Este serviço da Associação Comercial do Paraná (ACP) registrou 494.245 consultas em dezembro ante as 375.939 registradas em novembro. Este total ficou 3,58% acima do de dezembro de 2003 e 12,18% do total do mesmo mês em 2002.

As consultas ao SCPC acumuladas no ano passado (4.547.306) foram 2,92% superiores às realizadas em 2003 e 9,21% superiores às de 2002, porém 4% inferiores às de 2001, o melhor ano desde 1994.

Houve também acréscimo de 30,13% no número de consultas ao sistema VideoCheque, de cheques à vista, em relação a novembro de 2004. O número de consultas de dezembro de 2004 ficou acima do mesmo mês de 2003 em 2,3% e 0,49% superior ao registrado no mesmo período em 2002, porém 6,77% abaixo ao de dezembro de 2001. Por sua vez, as consultas acumuladas em 2004 (um total de 3.106.347) são 7,76% e 0,43% inferiores às registradas em 2003 e 2002, respectivamente.

Segundo Élcio Ribeiro, vice-presidente de Serviços da ACP, dezembro, tradicionalmente, apresenta o maior número de consultas aos sistemas de proteção ao crédito. "Os consumidores compram mais, até por utilizar rendas extras como o 13.º salário, participações em resultados e de recomposição salarial. Este movimento, portanto, é típico." Ribeiro informou ainda que ao comparar-se o número de consultas de dezembro de 2004 com o mesmo mês em 2003, verifica-se aumento de 3,58% no SCPC e de 2,3% no VideoCheque, o que significa um incremento de 3,05% se considerada a soma de ambos os serviços de proteção ao crédito. O SCPC apresentou, em dezembro, volumes superiores aos registrados em 2003 após três meses consecutivos apresentando resultados inferiores: setembro (-4,12%), outubro (-2,86%) e novembro (-1,63%).

A inadimplência atingiu a 0,43% do saldo líquido entre registros novos e cancelados em dezembro relativamente ao número de consultas realizadas em setembro (90 dias antes). Em dezembro de 2003 fora de -0,29% e em dezembro de 2002 de -0,83%. A taxa de inadimplência líquida anualizada (janeiro a dezembro de 2004) foi de 0,51%, a segunda mais baixa desde 1994, abaixo apenas da registrada em 2003.

Essas taxas, segundo a ACP, são baixas em relação às de outras capitais do País. São Paulo, por exemplo, acusou taxas de 4,09% e 4,69%, respectivamente. "Além disso, elas mostram mudanças comportamentais. Os consumidores, depois de dez anos de relativa estabilidade da moeda, estão mais conscientes quanto ao consumo e na consolidação de um nome limpo nos sistemas de proteção ao crédito", comentou Ribeiro. Ele acrescentou que "as táticas de induzir as pessoas a comprar sem eira nem beira, fora dos limites do orçamento individual ou familiar, estão perdendo progressivamente seu espaço. Além disso, os consumidores estão conseguindo perceber melhor a dimensão dos custos associados ao financiamento de suas compras".

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