Atividade portuária do Paraná cresceu 8% no 1º trimestre

A arrecadação de tarifas pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) no primeiro semestre deste ano apresentou um aumento de 8% no comparativo com o mesmo período do ano passado. Isso mostra um aumento direto na atividade portuária, uma vez que as tarifas públicas praticadas pela Appa são reconhecidamente as mais baixas do País e não sofrem nenhum tipo de reajuste há quatro anos e meio.

Os clientes que utilizam o Porto de Paranaguá para movimentar suas cargas apontam as vantagens do terminal. É o caso da Sadia. Blásio José München, gerente de operações portuárias da empresa, explica que a produção das fábricas da Sadia no Paraná é voltada, em sua grande maioria, à exportação para países do Golfo Pérsico que na maior parte das vezes embarcam a produção em navios frigoríficos. ?O fato de o Porto de Paranaguá possuir um armazém frigorífico e que agora está sendo ampliado é um grande atrativo para nós. Outro ponto importante é a infra-estrutura criada no terminal de contêineres. Hoje, ele é um dos terminais portuários melhor aparelhado para escoamento de carga de contêiner, trazendo mais um diferencial para o porto?, afirma.

O terminal exclusivo para embarque de açúcar é outro atrativo do porto. Criado em 2002 por um grupo de nove empresas e co-operativas, a Paraná Operações Portuárias (Pasa) tornou-se o primeiro terminal especializado no embarque de açúcar a granel da região sul do País.

De acordo com o gerente geral da Pasa, Pérsio Souza de Assis, o fato de existir um terminal exclusivo para açúcar traz um grande diferencial para o Porto de Paranaguá. ?Com o terminal exclusivo, não há risco de contaminação e isso faz com que os clientes dêem preferência em comprar açúcar do Paraná para poder escoar a carga por aqui?, afirma. Além de exportar o açúcar produzido pelas nove empresas associadas, a Pasa presta também serviço para outras indústrias do setor, inclusive de fora do Paraná.

A estimativa da Pasa é que este ano, a movimentação no terminal de açúcar vai ser de um milhão e 600 mil toneladas, contra um milhão e 280 mil toneladas movimentadas no ano passado. A previsão para o ano que vem é chegar a dois milhões de toneladas movimentadas, sendo 100% desta carga destinada à exportação.

O Terminal Privado de Contêineres (TCP) também pode ser apontado como um diferencial de Paranaguá. Com alta capacidade de recebimento e equipamentos de última geração, o terminal se destaca pela eficiência e qualidade no serviço. De acordo com o gerente comercial do TCP, Marcelo Marder, estes diferenciais permitem que o terminal ofereça vantagens exclusivas para importadores e exportadores.

Antonina

O porto de Antonina, depois de muito tempo subaproveitado, está sendo revitalizado. Investimentos públicos e privados estão dando novamente a oportunidade para o terminal voltar a assumir a importância que já teve um dia. Um dos destaques do porto é o terminal privado da Ponta do Félix, um pólo de cargas congeladas, com capacidade de movimentação de até 13 mil toneladas, com operações de cargas 24 horas por dia, sete dias por semana. De acordo com o diretor da Ponta do Félix, Juarez Moraes e Silva, o terminal está habilitado para movimentar produtos destinados à Federação Russa, Comunidade Européia, além de países como Japão, Arábia Saudita e Emirados Árabes. (AEN) 

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