Atividade industrial ganha força na zona do euro

O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial da zona do euro ganhou força em julho, subindo para 56,7, o maior nível em três meses. Em junho, o indicador havia ficado em 55,6. O resultado de julho, divulgado hoje, foi puxado principalmente pela expansão do setor na Alemanha. Leituras acima de 50 revelam crescimento da atividade industrial. Analistas previam aumento do PMI para 56,5 em julho.

“O índice dos gerentes de compras sobre a atividade industrial mostrou que o setor continua oferecendo um impulso significativo para a recuperação da zona do euro no início do terceiro trimestre”, disse Chris Williamson, economista-chefe da Markit, em um comunicado. A zona do euro reúne os 16 países que adotam o euro como moeda.

O PMI sobre a atividade industrial da Alemanha subiu de 58,4 em junho para 61,2 em julho, enquanto o índice referente à atividade do setor na França recuou de 54,8 para 53,9. No caso da Itália, o PMI teve leve alta, de 54,3 para 54,4 em julho. Na Espanha, a expansão da atividade industrial ganhou força e a produção cresceu no ritmo mais acelerado desde abril. Nos Países Baixos e na Irlanda, houve desaceleração no crescimento na comparação com os picos observados no começo do ano, após a recessão. A Grécia foi o único país em que a produção continuou diminuindo, ainda que em ritmo menos acentuado, com o PMI marcando 45,3 em julho, ante os 42,2 de junho.

Reino Unido

No Reino Unido, que não adota o euro como moeda, o índice dos gerentes de compras sobre a atividade industrial caiu de 57,6 em junho para 57,3 em julho, mas superou as estimativas de economistas, que previam um declínio para 56,7.

“O PMI está demonstrando uma resiliência surpreendente, caindo apenas modestamente desde que atingiu um pico de 15 anos e meio”, afirmou Rob Dobson, economista da Markit Economics. “Em julho, a expansão das novas encomendas acelerou de novo, principalmente em razão do aumento na demanda doméstica”, acrescentou.

Segundo ele, “isso sugere que a atividade do setor de manufatura continuará contribuindo com o Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, elevando as expectativas de que o crescimento da economia não diminuirá de forma significativa em relação à expansão de 1,1% observada no segundo trimestre”. As informações são da Dow Jones e da Markit Economics.