São Paulo (AE) – Os funcionários da Varig que trabalham nos aeroportos de São Paulo, Porto Alegre e Curitiba, principalmente no setor de check-in, estipularam o hoje, até 17h, como último prazo para que a Varig defina sua situação e pague seus salários, que já entram no quarto mês de atraso. Caso a companhia aérea não esclareça a situação desses funcionários e não pague o que lhes deve, será realizada uma assembléia que poderá indicar paralisação por tempo indeterminado. A informação é do presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac), Celso Klafke.
O sindicalista informou que ontem foram feitas algumas paralisações ?espontâneas? nos setores de check-in de Porto Alegre, Curitiba e Congonhas. Em Guarulhos, houve um movimento mais ?organizado?, incluindo a assembléia que definiu o prazo de hoje para a Varig definir a situação dos trabalhadores. Klafke, que está monitorando os trabalhadores nos três estados, conta que ainda não teve notícia de paralisações. ?O que está acontecendo é que está demorando muito para definir a contratação dos funcionários da nova Varig?, afirma.
Normalidade
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou ontem que, no segundo dia da nova malha de vôos da Varig, ?a situação começa a se normalizar no País?. Segundo a agência, diminuíram as reclamações nas Seções de Aviação Civil (SACs) dos aeroportos que contam com atendimento da Varig.
No mercado internacional, os passageiros que compraram passagens antes dos cancelamentos, informa a agência, ainda enfrentam dificuldades para voltar por causa da alta temporada. A Anac comunicou, ainda, que tem atendido esses passageiros e ?garantido sua volta ao País no menor prazo possível?. Como alternativas para os estrangeiros, a agência acrescenta que foram realizados um vôo para Santiago, ontem pela manhã, e outro para Caracas.