A arrecadação de ICMS no Paraná aumentou 15% em termos nominais e 3,1% em termos reais (pelo IGP-DI) no primeiro quadrimestre de 2002. O volume arrecadado entre janeiro e abril no Estado foi de R$ 1,594 bilhão, contra R$ 1,385 bilhão em igual período do ano passado.
Estes números contrastam com o desempenho da arrecadação do ICMS em todo o País. De acordo com estudo do técnico tributarista Luís Carlos Bordin, da Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, o recolhimento do tributo caiu 2,8% no Brasil, em termos reais, entre janeiro e abril deste ano. O deflator usado nos seus cálculos também foi o IGP-DI.
“Não podemos afirmar que o Paraná é uma ilha dentro do Brasil. No entanto, fica claro que a situação econômica do Estado é realmente diferenciada”, avalia o secretário estadual da Fazenda, Ingo Hübert. “O Paraná está colhendo na forma de empregos, renda e arrecadação o resultado da industrialização, iniciada em 1995.”
Nos últimos sete anos, 600 grandes indústrias se instalaram no Estado 246 com incentivos do governo -, num total de R$ 30 bilhões em investimentos produtivos. A diversificação econômica dominuiu, no Paraná, os efeitos do desaquecimento da economia brasileira, provocado pela crise argentina e pelas oscilações da conjuntura política.
“Investindo em infra-estrutura e construindo uma bem elaborada estratégia financeira, além de aproveitar-se de sua privilegiada situação geográfica, o Paraná tornou-se importante centro de atração de capital produtivo”, destaca Hübert.
O prazo de pagamento do ICMS que foi postergado quando da vinda das novas indústrias está vencendo e os recursos estão começando a entrar nos cofres estaduais. A poupança do ICMS é calculada pela Secretaria da Fazenda em R$ 900 milhões.