Argentina vive segundo dia de manifestações

Buenos Aires (Das agências) – Um artefato explosivo de fabricação caseira explodiu ontem, em uma agência bancária de Buenos Aires, um dia depois que se registraram outros dois fatos de características similares na capital da Argentina.

Segundo fontes da Polícia Federal, a explosão aconteceu durante a madrugada em uma agência do Banco Patagônia Sudameris, de capitais locais, e não causou vítimas nem feridos, mas “consideráveis danos” materiais.

As fontes disseram ainda que, diferentemente das detonações ocorridas anteontem em outra agência bancária e em uma lanchonete de Buenos Aires, a bomba “não continha panfletos” e o fato “não foi reivindicado por nenhum grupo”.

Anteontem, a polícia tinha encontrado nos locais onde se registraram as explosões panfletos com palavras contrárias à visita à Argentina feita naquele dia pelo diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), o espanhol Rodrigo Rato.

Os panfletos, assinados pelo até então desconhecido Comando Darío Santillán, exigiam o “não-pagamento da dívida externa e que o chefe do Fundo Monetário Internacional deixe o país”.

Em uma breve visita de nove horas, Rato analisou anteontem com o presidente Néstor Kirchner e sua equipe econômica os passos para que Argentina e FMI retomem as negociações sobre o acordo assinado por ambas as partes em setembro do ano passado.

O chefe do FMI pediu ao presidente argentino Néstor Kirchner elevação do superávit primário em 2005 e 2006. Porém, Kirchner disse que vai elevar as metas já previstas.

A presença de Rato em Buenos Aires foi repudiada por grupos de extremistas que protagonizaram graves distúrbios na Praça de Maio, situada em frente à sede do governo, pelos quais hoje permaneciam detidas 86 pessoas.

O chefe do FMI chega amanhã ao Brasil para se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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