A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) descartou mais uma vez a possibilidade de intervenção na Embratel e disse ter garantias de que a operadora não está repetindo as fraudes que foram verificadas no balanço da sua controladora, a WorldCom, nos Estados Unidos. O presidente da agência, Luiz Guilherme Schymura, afirmou hoje (22) que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) fez uma auditoria na empresa a pedido da agência reguladora e não verificou nenhum indício de repetição do problema.
Schymura argumentou que não haveria motivo para uma intervenção na empresa neste momento, já que ela está operando normalmente e sem risco de que haja descontinuidade do serviço no futuro. ?A não ser que a gente volte ao estado intervencionista, não tem nem por que (intervir)?, afirmou, em entrevista coletiva.
A questão da venda da Embratel, afirmou, não deve ser discutida neste momento, já que a restrição legal para troca de controle se esgota apenas em julho de 2003. Os procedimentos que serão seguidos a partir de agora dependerão do que vai ocorrer com a WorldCom. ?Questões legais a gente vai ter de estudar caso a caso.? O presidente da Anatel admitiu que a agência reguladora já tinha a informação de que era iminente a concordata da WorldCom e que, por isso, vinha acompanhando de perto todos os fatos relacionados à empresa norte-americana e sua controlada no Brasil. Ele disse que, no momento em que a WorldCom anunciou que havia sido feita maquiagem em seu balanço financeiro, a Anatel entrou em contato com a CVM, que informou à agência reguladora que a Embratel tem uma posição confortável e tranqüila.