Alta no preço dos alimentos pressiona IPCA

Depois de um aumento significativo na cesta básica, medida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e divulgada anteontem, os alimentos tiveram a alta de março confirmada, dessa vez, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A inflação do mês passado, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e revelada ontem, ficou em 0,58% em Curitiba e 0,52% no País. As taxas, menores que as de fevereiro em ambos os locais, foram puxadas principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas, que teve aumentos de 3,16% na capital paranaense e 1,55% na média nacional.

A alta nos alimentos e bebidas já é a terceira seguida do ano. Em fevereiro, o grupo teve aumento de 1,16%, que veio logo após alta de 0,92% em janeiro, em Curitiba.

Só no primeiro trimestre do ano, a alimentação subiu 5,32%. No País, o índice é menor, mas também preocupante: 3,69%, que representam 0,35 ponto percentual do índice geral e respondem por 67% do resultado.

No grupo de alimentação e bebidas, os alimentos comprados para serem consumidos em domicílio foram os que mais subiram: 3,94%. No País, o índice do subgrupo ficou em 2,06%. Já a alimentação fora de domicílio teve índices menores: 1,66% em Curitiba e 0,60% no Brasil.

Entre os 11 itens que aumentaram mais de 10% em março, 10 são do grupo alimentos. O tomate teve a maior alta (58,97%), atribuída pelo IBGE ao calor e chuvas fortes, que prejudicaram sua produção no mês passado.

O item foi seguido de longe pelo repolho (29,06%) e a couve-flor (26,84%). Outros alimentos que tiveram altas significativas foram a alface (19,60%), o brócolis (18,25%), a melancia (15,17%), a laranja-pêra (14,52%), a uva (11,90%), o açúcar refinado (11,01%) e o leite pasteurizado (10,65%).

De acordo com a pesquisa, o único item não alimentício que aumentou mais de 10% em março foi o ingresso para jogo, que subiu (19,75%). Só este ano, o item subiu, em Curitiba, 33,72%. O produto faz parte do grupo despesas pessoais, que teve o segundo maior aumento (1,78%) e também ficou acima da média nacional, de 0,77%.

O único grupo que teve redução nos preços foi o de transportes, cujos preços médios caíram 2,25% em Curitiba e 0,54% no País. A baixa, na capital paranaense, foi puxada pelos combustíveis o etanol barateou 16,07% e a gasolina, 5,21% e passagens de avião, que ficaram 7,65% mais baratas após o fim da temporada de férias de verão.

INPC

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve variação de 0,71% em março no País, e 1,19% em Curitiba local que apresentou a maior taxa entre as 11 capitais pesquisadas. No acumulado do ano, no entanto, a capital paranaense tem um índice bastante próximo ao nacional: 2,33%, contra 2,31%, respectivamente.

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