Alimentos garantem alívio do IGP-M na 1ª prévia do mês

Quedas e desacelerações de preços nos alimentos, tanto no atacado quanto no varejo, levaram à taxa menor da primeira prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de novembro, que foi de 0,34%, ante a variação de 0,84% apurada na primeira prévia de outubro. A informação é do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Salomão Quadros.

No setor atacadista, os destaques ficaram por conta das desacelerações de preços em soja (de 8,20% para 2,30%) e milho (de 10,86% para 2,22%), que responderam por quase a totalidade da desaceleração da taxa do Índice de Preços por Atacado (IPA), de 1,14% para 0,48%. Este indicador foi o que mais contribuiu para taxa menor da primeira prévia do IGP-M de novembro. "De uma maneira geral, as commodities agrícolas registraram desacelerações. Mas a soja e o milho têm muito peso, e desaceleraram muito", afirmou.

O economista lembrou que a soja agora tem um cenário de oferta melhor do que o registrado nos últimos dois meses – tanto no mercado interno quanto no externo. O milho, por sua vez, também começou a apontar por uma regularização de oferta, após sofrer aumentos de preços devido à uma forte demanda – puxada por uma procura adicional devido ao uso potencial no setor de biocombustíveis.

No varejo, a taxa do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) despencou (de 0,23% para -0,16%) devido principalmente ao comportamento de preços dos alimentos in natura. É o caso das quedas em frutas (de 7,67% para -0,41%) e hortaliças e legumes (de 0,05% para -3,26%). Entretanto, outros alimentos também apresentaram queda e desaceleração de preços no setor varejista na primeira prévia de novembro. É o caso de laticínios (de -3 19% para -4,20%), panificados e biscoitos (de 0,27% para -0,04%) e massas e farinhas (de 0,45% para 0,27%). Quadros observou que esses mesmos itens estavam em alta, há alguns meses, pressionados por repasse de elevações, no atacado, de itens relacionados a sua elaboração. "Isso mostra que aquela onda de repasses está cada vez mais fraca, e tende a desaparecer", disse.

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