Afetados pelo câmbio podem ter ajuda

São Paulo ( AG) – O ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, vai anunciar hoje em São Paulo o resultado da balança comercial no primeiro semestre do ano. Em almoço ontem, na Bolsa de Valores de São Paulo, Furlan adiantou que o número final para as exportações ficará muito próximo dos US$ 10 bilhões só em junho, o que representará novo recorde histórico para um único mês. O país também registrará no mês a melhor performance para o saldo da balança, que ficará próximo dos US$ 4 bilhões.

Até a quarta semana de junho, as vendas para o exterior já somavam US$ 8,502 bilhões, para um saldo positivo de US$ 3,349 bilhões no mês. A meta do governo para as exportações neste ano é de US$ 112 bilhões.

Perguntado em entrevista se essa meta estaria ameaçada por conta da forte valorização do real frente ao dólar, Furlan admitiu que essa questão tem afetado alguns setores, como os produtores de calçados, e repetiu que o governo estuda medidas para compensar os empresários.

?Estamos analisando de que forma poderemos estimular os setores que estão sofrendo mais?, disse o ministro do Desenvolvimento.

Déficit zero

O ministro Furlan disse que vê com preocupação a proposta apresentada ao governo pelo deputado Delfim Netto, que prevê a redução a zero do déficit nominal até 2008, em função do risco de afetar projetos de novos investimentos do governo.

?Num momento como este, em que há muita turbulência e uma enxurrada de notícias na área política, devemos olhar o futuro com tranqüilidade, mantendo o rumo e levando adiante projetos que foram muito positivos até agora?, afirmou. Perguntado se a sua afirmação representava uma crítica à proposta, ele disse que era uma ?reflexão?.

?Não é uma crítica. É uma reflexão. O resultado de um país é resultado de um conjunto. Tivemos ontem um jogo de futebol quando alguns fizeram gols, mas quem ganhou foi a equipe. O resultado final foi positivo. Do que adiantaria um jogador fazer dois gols e a equipe perder o jogo por 4 a 2??, perguntou ele, acrescentando que conversou sobre esse assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

?O importante é que o presidente Lula ouve e dialoga muito?, acrescentou.

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