Adição de etanol à gasolina será definida na 2ª feira

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, disse hoje que ficou para a próxima segunda-feira a decisão sobre se o governo vai ou não reduzir o porcentual de mistura de etanol à gasolina. Stephanes esteve reunido nesta tarde com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e com o ministro da Fazenda em exercício, Nelson Machado, para tratar do assunto. A decisão, porém, será tomada no âmbito do Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool (Cima), que é integrado pelas três pastas, além do ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Após a reunião, o ministro Lobão disse que o governo não acredita que os preços do etanol vão continuar subindo. Segundo ele, a prioridade com a eventual redução da mistura é manter o abastecimento interno de etanol. “Não acreditamos em mais elevação de preços. A decisão (sobre a mistura) é para garantir o abastecimento”, disse Lobão.

Machado também reforçou, ao sair da reunião, que há uma preocupação com relação à queda da produção de álcool devido às chuvas. Hoje, a gasolina vendida no Brasil possui 25% de etanol adicionado. Se o porcentual for reduzido, será aumentada a oferta de álcool no mercado.

Fertilizantes

O ministro da Agricultura disse que até março seu ministério e o de Minas e Energia vão apresentar a proposta para o novo marco regulatório dos fertilizantes. “Com essas novas regras, queremos a autossuficiência em 10 anos”, disse Stephanes. Já o ministro Lobão esclareceu que esse conjunto de regras para os fertilizantes está sendo elaborado separadamente do marco regulatório da mineração, que deve ficar pronto ainda este mês.

Sem dar mais detalhes, Stephanes disse que a ideia é reduzir entraves administrativos que afetam a produção de matérias-primas usadas na produção de fertilizantes, como fósforo e potássio. O ministro da Agricultura citou que, dentro dessas novas regras, incluem-se atos administrativos para autorizar a produção em jazidas de fósforo específicas, que hoje estão paradas, incluindo minas em Pernambuco e na Paraíba, e medidas mais amplas de mudanças na legislação. Lobão citou, por exemplo, uma jazida de potássio da Petrobras na Amazônia, que enfrenta problemas ambientais e administrativos para produzir.