Ações seguem em baixa em Nova York com temor sobre crédito

Os principais índices de ações do mercado norte-americano seguem em baixa, mas acima das mínimas do dia, pressionados pelo nervosismo relacionado ao mercado hipotecário de segunda linha (subprime), lucros desapontadores de empresas de tecnologia e declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, segundo analistas.

"Tivemos uma grande alta (nos dias anteriores), portanto, estamos recuando um pouco", disse o chefe de transações de ações da Cowen & Co., Todd Leone. "Não há nada realmente positivo lá fora" para dar impulso às ações, acrescentou, e o Dow Jones pode estar enfrentando parte da resistência normal para superar um novo nível de mil pontos.

No primeiro de seus dois depoimentos ao Congresso, Bernanke disse que a inflação ainda está muito elevada e que o risco da pressão de preços permanece sendo a preocupação "predominante" do Fed. Contudo, ele também disse que o setor hipotecário subprime piorou "significativamente" e que o mercado de moradia permanece devagar. As ações não reagiram imediatamente aos comentários de Bernanke, embora tenham recuado um pouco logo depois e cedido mais terreno conforme o presidente do Fed continuava seu depoimento.

"Eu não penso que ele (Bernanke) tenha dito muita coisa em termos de notícias aqui", disse o economista Haseeb Ahmed, do JP Morgan. Ahmed disse que o reconhecimento de que o potencial de crescimento real do PIB pode estar mais baixo foi uma das partes mais interessantes do discurso. Mas "eu acho difícil ver qualquer coisa no discurso por si" que tenha levado as ações a cair, acrescentou.

Às 16h47 (de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,57%, o Nasdaq recuava 0,79% e o S&P-500 registrava uma queda de 0,47%. As informações são da Dow Jones.

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